A aranha estava à procura de um local para morar, mas desejava que esse lugar também lhe oferecesse alimentação farta. Por isso ela procurou aqui e ali, prestando atenção principalmente nas áreas onde moscas e insetos se movimentavam em maior quantidade, até notar que isso acontecia em uma parreira de uvas, em torno dos cachos maduros. Nessa hora ela disse para si mesma: - Já sei o que vou fazer. Então a aranha subiu ao alto da parreira, procurou um cacho grande e bonito, e se instalou da melhor forma que pode entre as uvas, à espera de que as moscas e os mosquitos se aproximassem delas em busca de alimento, para então poder pegá-los. E assim ficou fazendo com sucesso por algum tempo, pois nenhuma das presas que caçava poderia ter suspeitado que uma predadora gulosa estava ali, aguardando a melhor oportunidade para conseguir o que queria. Mas como tudo nessa vida tem começo, meio e fim, a época da colheita chegou, os cachos de uvas foram apanhados pelo fazendeiro, levados para a vinicultura, jogados dentro de um tacho e espremidos até a última gota. Entre eles o que escondia a aranha, que dessa forma acabou morrendo dentro da armadilha preparada por ela para capturar os insetos que lhe serviam de alimento. Moral da história: O feitiço quase sempre vira contra o feiticeiro. Baseado em uma fábula de Leonardo da Vinci
FERNANDO KITZINGER DANNEMANN
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