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A BORBOLETA E A ROSA








Certa vez uma borboleta se apaixonou perdidamente pela rosa mais bonita que havia no jardim. A flor ficou comovida quando soube que era amada de forma tão intensa por aquele inseto garboso que ostentava em suas asas lindos desenhos multicoloridos, e por isso, quando ele a procurou, ela concordou de imediato com o início do namoro. 

Acontece que depois de algum tempo de noivado, onde não faltaram juras e promessas de fidelidade e amor eterno, a borboleta se afastou alegando ter compromissos inadiáveis, só retornando após a passagem de um período relativamente longo. Ao vê-la chegar, a rosa, chorosa, recriminou-a entre soluços:

- É a isso que você chama de fidelidade? Já perdi a conta dos dias que se passaram desde a sua partida, e além do mais, também fiquei sabendo que você vive de namoro e beijos com qualquer tipo de flor que encontre pela frente. Isso é uma falta de respeito muito grande, e por isso me sinto profundamente magoada com esse seu procedimento

Ao ouvir a reclamação, a borboleta riu e respondeu:

- Você está me acusando de infidelidade? É brincadeira! Pois saiba que eu a vi primeiramente sendo beijada pelo vento, e logo depois, dando o maior espetáculo com as abelhas que passaram por aqui. Isso sem falar nos besourinhos que a procuravam, e para os quais você dava a maior trela. E depois dessa farra toda, ainda sou acusado de infidelidade. Era só o que me faltava!...

Moral da história: Só quem é fiel pode esperar fidelidade dos outros.

Baseado em uma fábula de Esopo

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