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A Cadeia Alimentar







Era uma vez uma linda jabuticabeira que vivia a margem de um grande e caudaloso rio.
Todos os dias, a frondosa árvore ao amanhecer conversava com o sol e agradecia a ele pela luz e calor que recebia, permitindo assim que pudesse produzir seus deliciosos frutos. Da mesma forma, conversava também com o rio, agradecendo pela água que banhava e refrescava sua raiz.
Devido à umidade do chão e a luz do sol, a jabuticabeira florescia e dava frutos sem cessar.
Durante a florada, a jabuticabeira recebia a visita de inúmeras abelhinhas que se deliciavam com seu doce sabor e orgulhosas produziam o melhor mel da região. Na época das frutas, era a vez dos sabiás, beija-flores, mamangavas e marimbondos se alimentarem. Saciavam sua fome e depois agradeciam a Deus por aquela bela jabuticabeira existir.
Os peixinhos que moravam no rio, também agradeciam à árvore por permitir que se alimentassem das folhas que boiavam sobre as águas do rio.
Certo dia, um jacaré, sentindo muita fome, entrou no rio a procura de alimento e encontrando o peixinho que comia as folhas da jabuticabeira, deu um belo bote e o comeu. Feliz e satisfeito agradeceu ao rio por permitir que se alimentasse e foi descansar.
Cansado de tanto nadar, com fome e procurando um lugar para repousar, apareceu um sapo gordo também querendo se alimentar. De repente, bem à sua frente, pulou um gafanhoto de barriga cheia das folhas da jabuticabeira. O sapo comeu o gafanhoto e satisfeito com o alimento pensava em ir embora quando do tronco da bela árvore desceu uma cobra a procura de alimento. Comeu o sapo e agradeceu a Deus por ter tido a oportunidade de se fartar. Rastejando tranquila e bem alimentada,a cobra seguia seu caminho quando de repente apareceu a sua frente um gavião. Estava ele também a procura de uma refeição. Agradeceu a Deus por ter encontrado a cobra, que já havia se alimentado do sapo e matou a sua fome com satisfação.
Anoiteceu e chegou a vez dos animais noturnos saírem em busca de alimentos.
E tudo aconteceu quando um gato do mato bebia a água do rio. Veio uma onça pintada que comeu o gato do mato que bebia a água do rio que umedecia a jabuticabeira, que alimentava os sabias, beija-flores, mamangavas e marimbondos.
... E o milagre da vida continuou a acontecer...
Os seres vivos nascem, crescem, reproduzem-se e morrem. Para sobreviver e crescer precisam de outros seres vivos que lhes forneçam energia.
Esse ciclo onde um ser vivo serve de alimento ao outro é a cadeia alimentar e este é o verdadeiro milagre da vida.



Augusta Schimidt

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