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O LADRÃO E O CÃO DE GUARDA



         Um ladrão rondava a casa de um homem rico porque pretendia assaltá-la, mas hesitava em fazê-lo pois tinha medo do cão de guarda que a protegia, um animal grande e que parecia ser muito feroz.

          Até que em certa noite ele se encheu de coragem e foi até à residência que observava, levando na bolsa alguns pedaços de carne que tencionava dar ao cachorro para que este se acalmasse quando os visse, se pusesse a comê-los, e dessa forma não chamasse a atenção do seu dono com latidos. Mas assim que o larápio jogou os nacos de carne por cima da grade que cercava a residência, o cachorro lhe disse:

          - Se por acaso você está imaginando que desse jeito conseguirá calar a minha boca, então cometeu um grande erro, porque essa sua gentileza repentina serviu para despertar ainda mais a minha atenção. Por isso, não tente entrar aqui em casa, pois tenho certeza de que por trás desse seu gesto existe uma intenção oculta que visa o seu próprio interesse, e ele certamente causará prejuízo ao meu dono.

          
Moral da história: Gentilezas inesperadas são a principal característica de alguém cheio de más intenções.

Baseado em uma fábula de Esopo

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