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Folclore Brasileiro - O Mito da Velha Bruxa





Os Aspectos Gerais do Mito da Velha Bruxa

Os Mitos, quando bem compreendidos, podem servir como ferramenta para estudo da nossa psique.
A Bruxa para as crianças é a figura clássica da mulher velha, alta e magra, corcunda, queixo fino, nariz pontudo, olhos pequenos e misteriosos, cheia de sinais nos cabelos e manchas na pele.
O principal trabalho das Bruxas é carregar meninos que teimam em não dormir cedo, ou em alguns casos, mantendo os vestígios do mito de origem Europeia, sugar seu sangue sem que ninguém a veja, já que é capaz de se tornar invísivel. No Norte do país ela é conhecida como Feiticeira.
Para evitar que a Bruxa entre numa casa, deve-se riscar nas portas os símbolos cabalísticos, ou seja, o sinal de Salomão, que é uma estrela de seis pontas feita com dois triângulos, ou a estrela de cinco pontas, que é o sagrado pentágono citado por Cornélio Agripa, ou ainda as palhas secas do Domingo de Ramos postas em forma de cruz. Novelos de fios da fibra do Caroá, espécie de planta usada para fazer barbantes, linhas de pesca e tecidos, também serve.
E ao encontrar o novelo à sua frente, A Bruxa então se vê obrigada a parar, e só entrará naquela casa, após contar fio por fio daquele feixe de fibras do Caroá ou Gravatá.
A tradição é a mesma na Europa. Em Portugal é um molho de fios. Na Itália, mata-se um cachorro, e a Bruxa é então obrigada a contar os fios de cabelos do animal.
Com uma foice molhada na água benta ou outra lâmina, como uma faca, de forma compassada, de meia-noite ao primeiro cantar do galo, deve-se ferir o ar em volta do berço onde dorme a criança que está sendo sugada pela Bruxa.
Ao fazer isso, um golpe pode acertar a Bruxa e assim ela perde o encanto. Isso quebra suas forças e ela retoma sua forma humana desprovida de seus poderes malignos.
Em outros estados, Minas Gerais, estado do Rio de Janeiro e Goiás, a Bruxa se transforma em borboleta noturna (Mariposa), uma espécie amarelada que aparece quando o sol se põe.
Diz-se que a Bruxa é a sétima filha. Sempre aparece em torno do número Sete, número que tem um forte apelo místico desde o tempo dos magos Caldeus. 

Informações Complementares sobre a Velha Bruxa

Nomes comuns: A Bruxa, a Feiticeira, Súcubo, Sucubus, Velha Bruxa.
Origem Provável: É de origem Europeia, muito antiga, e os elementos que nos chegam vieram de Portugal.
Na Europa, as Bruxas se reúnem nas noites de sexta-feira, sendo presididas pelo Diabo em pessoa. Todas que estão no grupo deverão se despir. Estas Bruxas voam sentadas em cabos de vassouras. De acordo com a tradição Brasileira, ela, a Bruxa, algumas vezes se apresenta como uma velha carregando uma pequena trouxa de roupa, e quando vê uma criança, logo lança sobre a mesma Mau Olhado.
Quando uma Mulher já teve seis filhas, partos sequenciais, antes de nascer uma sétima, para livrar-se da maldição de virar Bruxa, deve a mãe colocar nela nome masculino. Caso não faça isso, e se nasce menina, ao completar sete anos se transforma em borboleta. Então entra pelas fechaduras das portas para chupar o umbigo das crianças recém nascidas. E assim, logo a criança adoece de um mal chamado de "Mal de sete dias", que é muito grave, mortal.
Para livrar as crianças desse mal, a parteira deve colocar embaixo da cama da mulher que deu à luz, uma tesoura aberta, que é um milenar símbolo de proteção.

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