Páginas

Quadrinhas







Quando passas pela rua
Sem reparar em quem passa,
A alegria é toda tua
É minha toda desgraça

Aqui tens meu coração,
Mete a mão, tira-o com jeito;
Lá verás que amor tão grande
Em palácio tão estreito.

Tenho vontade de ver-te,
Mas não sei como acertar;
Passeias onde não ando,
Andas sem eu te encontrar

Um dia, à beira de um lago
Por acaso fui parar;
Vi no fundo a tua imagem.
Quis me deitar e afogar.

Tens um livro que não lês,
Tens uma flor que não desfolhas
Tens um coração aos pés
E para ele não olhas.

Costumei tanto os meus olhos
A namorarem os teus,
Que de tanto confundi-los,
Nem já sei quais são os meus.

Quem me dera a liberdade
Que a réstia do luar tem,
Entrava pela janela,
Ia falar do meu bem.

Quatrocentos guardanapos,
Seis vinténs em cada ponta.
Você diz que sabe tanto,
Venha somar essa conta!

Companheiro me ajude
Que eu não posso cantar só.
Eu sozinho canto bem,
Com você canto melhor.

Amar e saber amar
São pontinhos delicados.
Os que amam são sem conta,
Os que sabem são contados.

Minha gente, venham ver
Coisa que nunca se viu:
O tição brigou com a brasa
E a panelinha caiu.

Eu chupei uma laranja,
As sementes deitei fora.
Da casca fiz um barquinho:
- Meu amor, vamos embora

Eu não tenho pai nem mãe
Nem nessa terra parentes.
Sou filho das águas claras,
neto da águas correntes.

Eu vou fazer um relógio
De um galhinho de poejo
Para contar os minutos
Do tempo que não te vejo.

Coração de pedra dura
Como pedra de amolar.
O ferro do Fogo abranda,
Tu não queres abrandar.

O castelo pegou fogo,
São Francisco deu sinal.
Acode, acode, acode
a bandeira nacional

Não tenho medo do homem,
nem do ronco que ele tem.
O besouro também ronca.
Vai se ver, não é ninguém.

Um, dois, três,
Quatro, cinco, seis,
sete, oito, nove,
para doze faltam três.

Eu queria ter agora
Um cavalinho de vento
Para dar um galopinho
Na estrada do pensamento.

Mamãezinha neste dia,
Vamos todos abraçá-la,
Desejando-lhe saúde,
Muita paz e alegria.

Se a tarde cair triste
Com ar de que vai chover,
Não te esqueça de meus olhos
Que choram por não te ver.

A Matriz deu meia-noite,
O Rosário bateu duas.
Já está chegando a hora
Do meu bem sair à rua.

Tenho fome, tenho sede,
Mas não é de pão nem vinho;
Tenho fome de um abraço,
Tenho sede de um beijinho.

Mamãe é uma rosa
Que papai escolheu
Eu, sou o botão
que a roseira deu.

Roseira, dá-me uma rosa;
Craveiro, dá-me um botão;
Menina, dá-me um abraço,
Que te dou meu coração

Escuta tapete de ouro
Conta um segredo pra mim
Que tamanho é o tesouro
que te faz brilhar assim

Menina, casa comigo,
Que eu sou bom trabalhador;
Com chuva não vou na roça,
Com sol eu também não vou.

CANÇÃO DE INVERNO
Pinhão quentinho!
Quentinho pinhão!
E tu bem juntinho
Do meu coração...
Mario Quintana

Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia-volta,
Volta e meia vamos dar

Mocinha de blusa branca
Com lenço da mesma cor
Mocinha diga a seu pai
Que eu quero seu amor.

Na palma da minha mão
Trago uma consoante
Com ela escrevo mamãe
A quem amo bastante.

“Todo o mundo se admira
Da macaca fazer renda.
Eu já vi uma perua
Ser caixeira duma venda”.

Eu sou pequenininha
Do tamanho de um botão
Carrego papai no bolso
E mamãe no coração.

Entre os dias da semana
Olhada à minha maneira
De todos o mais bacana
sem dúvida é a quarta-feira.

Lua de prata
Presa em cetim
Brilhas tão linda
longe de mim...

Namora padre, namora
Namora que é coisa boa
Namora, padre namora
Jesus Cristo te perdoa

Vou mandar um recadinho
À menina mais bonita
À que tem trança comprida
Amarrada com uma fita.

Sete mais sete são quatorze
Três vezes sete, vinte e um
Tenho sete namorados
Não me caso com nenhum.

Joguei o limão pra cima
Caiu na Sacristia
Bateu na careca do padre
Isto mesmo que eu queria.

Minha mãe tem sua cama
Eu tenho meu cortinado
Minha mãe tem seu marido
Eu tenho meu namorado

Sou bonito, sou valente,
Pego cobra pelo meio
Tua boca é muito grande
Nunca vi bicho mais feio

Eu não vou em sua casa
Pra você não ir na minha
Você tem a boca grande
Vai comer minha galinha

Você me chamou de feio
Sou feio, mas sou dengoso
Também o tempero é feio
Mas faz o prato mais gostoso.

Cravo branco, cravo branco
Cravo de toda nação
Quando o cravo muda de cor
Quanto mais quem tem paixão.

Alecrim verde, cheiroso
Na janela de meu bem
Ainda bem não me casei
Já me dão os parabéns

O cravo quando nasce
Toma conta do jardim
Eu também vivo querendo
Quem tome conta de mim.

Nunca vi o limoeiro
Dar limão bem na raiz
Nunca vi rapaz solteiro
ter palavra no que diz.

Ninguém viu o que viu
Debaixo de um limoeiro
Vi uma moça bonita
Pondo rosa no cabelo.

Cravo branco na janela
É sinal de casamento
Menina guarda teu cravo
Que ainda não chegou teu tempo.

O limão não é fruta doce
No meio tem azedume
Eu também sou meio azeda
Quando me aperta o ciúme.


Atirei limão verde
De cima de uma cascata
Deu no ouro, deu na prata
Caiu no colo da mulata.

Quem me dera ser um cravo
Pra ficar no seu cabelo
Gravando meu nome no peito
Como carimbo no selo.

Ninguém viu o que eu vi hoje
Debaixo do pé de alecrim
Duas pombinhas arrulhando
Viva o Senhor do Bonfim.

Quando vim da minha terra
Muita gente lá chorou
Só uma velha, muito velha
Muita praga me rogou.

Eu de cá e tu de lá
No meio tem a lagoa
De dia não tenho tempo
De noite não tem canoa.

Nesta falta de dinheiro
Muita gente passa mal
Para luxar não compra açúcar
Come comida sem sal.

Morena, minha morena,
Carocinho de dendê
Se eu fosse rapaz solteiro
Me casava com você

Como vem aquela nuvem
Com vontade de chover
Como vem o meu benzinho
Como vontade de me ver.

Ó rosa, rosa morena
Que morena rosa eu sou
Ó rosa, rosa morena
Tu que és o meu amor.

Índio do mato é xavante
Milho socado é xerém
E a gente chama xará
Quem o mesmo nome tem.

Da tua casa pra minha
há de ser salto de cobra
Tenho fé em Deus do céu
De tua mãe ser minha sogra.

Mandei buscar na farmácia
Remédio pra tua ausência
Me mandaram água de flor
E biscoito paciência.

Eu tenho um vestidinho
Todo cheio de babado
Toda vez que visto ele
Arranjo logo um namorado.

Lá no céu tem mil estrelas
Reluzindo de riqueza
Quem quiser casar comigo
Não repare a pobreza.

A maré que enche e vaza
Deixa a praia descoberta
Um amor vence outro
Nunca vi coisa tão certa

Do pinheiro nasce a pinha
Da pinha nasce o pinhão
Da mulher nasce a firmeza
Do homem a ingratidão.

Mamãe mandou dizer
Pra eu levar um abacaxi
Eu então levei meu primo
Que estava hospedado aqui

Nenhum comentário:

Postar um comentário