A Boneca de Pano

Quando Rita era bem pequena, ela ganhou do seu pai uma linda boneca de pano, com as bochechas rosadas e o cabelinho castanho.

Quando Rita viu aquela linda boneca, logo a chamou de Lilica.

Rita e Lilica eram inseparáveis, faziam tudo juntas.

Brincavam de bicicleta, subiam no pé de manga, escorregavam no escorrego da praça, iam à padaria. Todos os seus vizinhos conheciam Lilica.

A sua boneca já estava velhinha, com o braço caindo e a roupa toda desfiada, a  Rita a amava como no primeiro dia em que a viu.

Um dia, porém, a menina chega da escola e não encontra Lilica.

Rita procura atrás do sofá, na sala, embaixo da cama, e nada de boneca!

E assim foi por dias.

Os amigos de Rita, preocupados, resolveram levar vários presentes para ela, na tentativa de animá-la, mas nenhuma daquelas bonecas era como Lilica.

E a menina continuava seus dias tristes, sem sua boneca de pano.

Uma tarde, a menina estava fazendo sua lição de casa quando a sua avó chegou com um embrulho charmoso, com um belo laço de fita em cima.

A menina achou que era mais um presente para tentar alegrá-la, mas a sua avó disse:

- Esse presente é diferente de todos os outros.

Rita abre o embrulho e grita:

- Liliiiiiiiica!...

Era sua boneca Lilica, só que agora com o braço costurado, sapatos novos e uma linda roupinha feita por sua avó.

Ela mal podia acreditar que sua querida boneca estava de volta!

As duas têm muita coisa a fazer, afinal foram muitos dias longe uma da outra.

Elas brincam, correm, escorregam e, à noite, Rita dorme abraçada com sua boneca Lilica.

Antes de dormir, porém, a menina olha para o céu, fecha os olhos e agradece a Deus por seu dia, por sua família, por seus amigos e por ter encontrado sua querida boneca de pano.

Luciana Carla de Santana