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Pipoca, o peixinho encrenqueiro




Era uma vez um peixinho que se chamava Pipoca. Ele tinha esse nome porque aonde ele ia estourava uma confusão. Sabe por que? Ele era muito fofoqueiro. Vivia inventando umas “mentirinhas” a respeito dos outros peixinhos.

No recife, onde ele e os outros peixinhos moravam, era um lugar muito bonito. A água era t
ão limpinha que lá de baixo dava pra ver o céu. Tinha muitos corais, plantinhas e muita comida pra alimentar todos os peixinhos. Era o local preferido da maioria dos peixes.

Pipoca n
ão gostava, ele ficava com raiva e vivia reclamando:

- Esse lugar está muito cheio. N
ão dá nem para nadar. Porque todo mundo tem que vir pra cá?

Splash, um peixinho que passava na hora, ouviu Pipoca reclamar e disse:

- Pipoca, aqui é seguro, n
ão tem pescadores, tem muita comida pra todos, não tem poluição, por isso a maioria dos peixes vive aqui.

Pipoca respondeu:

- Ah n
ão dá, ta muito cheio, procurem outro lugar.

- N
ão Pipoca, como diz o ditado – “os incomodados que se retirem”, o mar é nosso também. Procure você outro lugar para morar.

Pipoca ficou vermelho de raiva e pensou:

È assim né, procurar outro lugar. Eu cheguei aqui primeiro, então esse lugar é meu! Já sei o que vou fazer para esvaziar o recife. Vou inventar umas mentirinhas e logo todos os peixes vão se zangar uns com os outros e vão embora.


E assim ele começou…

Procurou o camar
ão e disse:

- Sabe camar
ão, estou muito triste.

- Por que, disse o camar
ão.

- O baiacu falou que você é muito feio, tem uns bigodes enormes e parece uma pimenta, de t
ão vermelho.

- O camar
ão ficou muito irritado e foi tirar satisfação com o baiacu.

- Pipoca foi correndo até o baiacu para provocá-lo também.

- Sabe Baiacu, estou muito, muito triste.

- Por que Pipoca. O que está acontecendo?

-
É o Camarão.

- O que houve com o Camar
ão, ele é meu amigo.

- Amigo?! Se aquilo é amigo, você n
ão precisa de inimigo.

- Por que está dizendo isso Pipoca?

- Sabe como é, eu n
ão gosto de fofoca, mas não agüento ver uma injustiça.

- Diga logo, Pipoca.

-
È que o Camarão disse que você é espinhudo e quando infla, fica parecendo uma baleia de tão gordo.

- Ah é! Mas o Camar
ão parecia tão meu amigo, falando umas coisas dessas a meu respeito? Vou tirar satisfação com ele.

E foi…

Pipoca ficou rindo… Estou conseguindo.

Quando o Camar
ão e o Baiacu se encontraram foi a maior confusão!

Eles discutiram muito, pois já estavam zangados, e um n
ão deixava o outro falar. Foi a maior briga.

Pipoca ficava de longe, só rindo da confus
ão.

E assim foi… Pipoca foi inventando mentiras sobre os peixinhos do lugar e ia soltando seu veneno. Os peixes, ingênuos, acreditavam no que ele falava, acabavam brigando uns com os outros, brigavam e iam embora para outro lugar.

A confusão foi tão grande que o lugar foi ficando vazio, vazio. Splash tomou um susto, ele estava viajando por outras águas, quando voltou ao recife, ele estava vazio, só Pipoca estava lá.

Ele pensou… o que está acontecendo este lugar é t
ão movimentado, tão alegre, cheio de vida, está tão triste. Aí ele viu Pipoca nadando, nadando, todo alegre.

- Pipoca, onde est
ão os outros peixes? O que aconteceu? Os pescadores descobriram o nosso refúgio?

- Ah, n
ão sei não, os peixes resolveram se mudar pra outro lugar.

- Por que? Disse Splash.

- Ah n
ão sei! Eles arrumaram uma confusão, brigaram e cada um foi prá um lado.

- Porque só você ficou aqui Pipoca?

- Ora, aqui é a minha casa, meu lugar, é aqui que eu devo ficar.

- Por que os peixes brigaram, eram t
ão unidos, tão amigos?

- Umas fofocas que inventaram por aí, e eles acreditaram.

- Fofocas, que fofocas, quem inventou isso? E a seu respeito, ninguém disse nada?

Splash, come
çou a desconfiar de Pipoca.

- A meu respeito, bem, é, quer dizer, hum, eu n
ão sou bobo, não acredito em qualquer coisa.

- Ah é! E sobre aquela estória que você andava reclamando que o recife estava muito cheio?

- Splash, que era um peixinho muito inteligente, come
çou a apertar Pipoca com tantas perguntas, ele sabia que tinha alguma coisa errada.

- Pipoca, que tinha a língua solta, n
ão agüentou e disse:

- Ta bom, eu confesso fui eu que inventei as fofocas. Mas n
ão me arrependo, o recife ficou do jeito que eu queria, bem vazio e sossegado.

- Splash, responde:

- Ah é, ent
ão fique com o recife todo prá você, porque eu também vou para outro lugar, vou procurar os meus amigos, fique aí sozinho, do jeito que você queria.

- Vai mesmo, eu não preciso de ninguém, posso viver aqui sozinho, vai mesmo, tchau!

Só que Pipoca achou que poderia viver sozinho. Sem ninguém para brincar, estudar, conversar. Passava todos os dias ali sozinho, nadando de um lado para o outro. Sem nada para fazer.

- Que coisa chata, eu n
ão tenho ninguém para brincar, não tenho ninguém para conversar, eu estou me sentindo tão sozinho. Buá….Buá…

E come
çou a chorar, ele chorava tão alto que os outros peixinhos ficaram com muita pena dele. Apesar do que Pipoca tinha feito, eles mesmo assim o amavam e resolveram ver o que estava acontecendo.

- Splash, que era tipo um líder, perguntou:

- O que está acontecendo com você Pipoca, por que está chorando?

- Eu me sinto t
ão só , eu não sabia que era tão ruim ficar sozinho, sem ninguém para brincar, conversar.

- Ah ent
ão você não queria o recife todo para você?

- Eu n
ão quero mais, o recife não é só meu, eu quero os meus amigos de volta.

- Ent
ão, peça desculpas a todos e diga que foi você que inventou todas aquelas mentiras.

E assim foi, Pipoca pediu perd
ão a todos e disse que nunca mais faria aquilo, ele tinha aprendido a lição.

Ninguém pode viver sozinho. Todos nós precisamos de alguém. Precisamos da mam
ãe, do papai, dos irmãos, do coleguinha, precisamos dos irmãos da nossa igreja. E principalmente precisamos de JESUS CRISTO. Pois sem ele é muito difícil viver.

https://www.jesusnosama.com.br/criancas/pipoca.htm

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