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"A lenda do cachorrinho branco"





Numa cidade do interior de Minas Gerais nasce a lenda "O cachorrinho branco"...

Numa casa muito velha lá para as bandas de “Rio Manso em Minas Gerais” começou aparecer para uns bêbados que ali passavam um cachorrinho branco, muito bravo com os cavalos que passavam por ali na quaresma. No outro dia quando passava a ressaca os homens diziam que viram uma assombração pros lados da fazenda 3 córregos, o pessoal se debatia de rir e diziam que era delírio de cachaça, o cachorrinho daquela fazenda abandonada já havia morrido pra mais de 30 anos...Mas os bêbados insistiam em dizer que o cachorrinho aparecia em noites de quaresma, e cristão que é cristão de verdade sabe que época de quaresma é época de abstinência inclusive do álcool, umas mulheres que vinham da reza escutaram uns latidos e resolveram rezar um credo, dois Pai Nosso e três Ave Marias e passaram sem ver o cachorro, a notícia se espalhou por Rio Manso, e ninguém tinha coragem de sair de casa depois de 18 horas, a não ser as beatas para rezar na igreja a novena de páscoa, mas como em toda cidade do interior, Rio Manso também tinha seu valentão, João Custódio com seus 1,85 de altura e quase 100 Kg: _É hoje que esse cachorrinho branco vai ver quem manda nesta cidade, pegou a garrucha, tomou duas pingas, chamou seus companheiros e foram para a fazenda abandonada do saudoso José Firmino, para variar era noite de sexta-feira santa, então passaram as esporas debaixo das costelas dos cavalos e deram um galope, e bem lá na porteira estava ele, o cachorrinho branco com os olhos vermelhos e latindo até espumar..._Homem de verdade não acredita em assombração, falou João, e deu o 1º tiro o cachorro ficou maior, deu o 2º tiro dobrou de tamanho, deu o 3º e o cachorro ficou do tamanho de um cavalo, aí meu amigo nesta hora não tem valentão, saíram em disparada com os cavalos, encontraram as beatas rezando na igreja e fazendo vigília ao nosso senhor morto, pois era sexta-feira da paixão, contaram o acontecido, as senhoras chamaram o vigário que jogou água benta naquele lugar, rezou uma missa em intenção ao José Firmino, a valentia do João acabou, as beatas viraram heroínas da cidade e o cachorrinho branco agora só aparece para aqueles que não rezam um credo ao passar na estrada da fazenda, até hoje escuto alguns bêbados falarem que viram lá pelas bandas da fazenda de José Firmino, um cachorrinho branco, latindo até espumar, com os olhos vermelhos e correndo atrás dos cavalos.                          (Contada por Shirlene Oliveira)

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