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Os Bugios e o Caçador






Era uma vez uma bela floresta, árvores imensas, muitas flores, frutos, rios, cachoeiras.Era um verdadeiro paraíso.
  Nesta imensa  e bela mata, viviam felizes e despreocupados uma família de bugios.
  Os bugios são animais muito inteligentes, mamãe bugia se chamava, Luzia e o papai que era o líder do grupo Zulu.
  Zulu e Luzia tinham vários filhos e viviam com um grupo numeroso de companheiros, todos eram felizes e respeitavam as regras de convivência.Passavam os dias pulando de uma árvore para outra, balançavam-se nos cipós entre uma árvore e outra.
  Angicos altíssimos, cedros lindos, floridos e os belos bugios, uma vida agradável não fosse de quando  em quando o susto que passavam.a visita dos caçadores era temida por todos, pois sempre havia perdas no grupo.
      As fêmeas quando em perigo costumam apresentar seus filhotes para mostrar-lhes que possuem filhos para criarem e que não podem morrer, na esperança que os homens fossem piedosos e lhes poupassem a vida, mas infelizmente o bicho-homem não é nada piedoso e tira-lhes a vida e de seus filhotes.
    Pois vamos saber de que forma nossos amiguinhos conseguiram escapar do caçador desta vez.
   O grupo de bugios encontrava-se nas escarpas no alto de um  morro de difícil aceso com muitas grutas, abismos e árvores altíssimas.
  Neste dia em especial estavam muito alvoroçados.o dia estava lindo e os bugios emitiam os seus ronco costumeiro, graças ao seu ronco os bugios ficaram no alvo do caçador, que já os procuravam, ele se aproximou sorrateiramente para emboscar nossos amiguinhos, Luzia amamentava seu novo filhote quando na beira de uma gruta surgiu um caçador de arma em punho, ameaçador. Luzia mostrou-lhe seu filhote, seu coração batia descompassado seu medo era tanto, temia por seu filhote e sabia como o bicho-homem era.
    O homem impiedoso  ajeitava-se procurando o alvo perfeito, nisso deu um passo em falso e bruuummm... Caiu lá em baixo  no fundo da gruta, que devia medir bem uns cinco ou seis metros, sozinho jamais sairia de lá.
  Quando o homem caiu se fez um silêncio!
  Os bugios esperaram  um pouco e  desconfiados, depois um a um descendo de seus galhos,e  em pouco tempo já havia uns vinte ou trinta na boca da gruta.
    Todos curiosos olhavam buscando ver onde o homem estava, de repente o homem gritou por socorro, espantados todos os bugios pularam rapidamente nos cipós subindo logo nas árvores.
    Zulu como líder do grupo desceu novamente para avaliar a situação, olhou piedosamente aquele homem a pouco tão ameaçador, agora caído, ferido, suplica ajuda.
     Zulu desceu pelas paredes da gruta até bem próximo do homem e o olhou fixamente.Enquanto o homem gritava socorro.
    Zulu voltou e reuniu os companheiros, pegou rapidamente um enorme cipó  e como se fosse dotado de inteligência humana levou o cipó até onde o homem estava, ficando ao alcance dele, olhou novamente para o homem, como se dissesse:
-Vamos! Coragem, agarre-se e suba!
  O homem sentindo um profundo remorso em seu coração, gemendo de dor agarrou-se ao cipó e foi subindo lentamente as paredes da gruta, enquanto lá no alto das árvores os bugios mais jovens olhavam curiosos.

   Zulu  aguardava fora da gruta.O homem saiu com dificuldade, e com os olhos cheios de lágrimas agradeceu ao bugio.Ajoelhou-se no solo e jurou solenemente que daquele dia em diante usaria sua vida para proteger todos os animais.E assim o fez.
  Os bugios retribuíram com solidariedade a maldade do homem.
  Vamos pensar nisto meus amiguinhos?


Claudeth Harthmann Silveira

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