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Sugestões De Histórias Para O Dia Dos Pais







O Dia de Ver Meu Pai. Este livro conta um pouco da história de Fabiano, um garoto, filho de pais separados: seus problemas, suas indagações, suas descobertas. Um tema realista, bem atual.

De filho para pai, de Márcio Vassallo, com ilustrações de Carol W. Mergulhando na rotina e nos passeios preferidos de um pai com o filho, o livro trata com muita sensibilidade dessa relação tomada por amor e cumplicidade. A partir de 4 anos.



O homem que amava caixas, texto e ilustrações de Stephen Michael King. Se para o pai era difícil falar sobre seus sentimentos, esse passou a construir para o filho várias engenhocas a partir de caixas vazias. Era assim que demonstrava seu amor. Comovente, o livro se tornou um clássico. A partir de 4 anos.





Papai é meu!, de Ilan Brenman, com ilustrações de Juliana Bollini. Todo dia era a mesma história: “Papai é meu!”, “Papai é meu!”, disputavam as irmãs. Eis que num belo dia, o inesperado aconteceu: as meninas puxaram o pai com tanta força, que ele acabou rasgando ao meio. Diversão garantida. A partir de 3 anos.

Adivinha quanto eu te amo, de Sam McBratney, com ilustrações de Anita Jeram. Quem sente mais amor: o coelhinho pelo pai ou o coelho pai pelo filho? No livro, há uma deliciosa brincadeira na qual ambos tentam descrever a medida do amor que sentem um pelo outro. Um clássico da literatura infantil. A partir de 4 anos.


O pai do burrinho, de Rindert Kromhout, com ilustrações de Annemarie van Haeringen. O Burrinho vai ao parque com sua mãe. Lá chegando, o Cabritinho e o Gansinho insistem: “Você não tem pai, Burrinho”. O filhote se chateia – e pede à mãe que o leve até o pai. Uma história repleta de ternura. A partir de 4 anos.



Conversa para pai dormir. Quem nunca quis dormir na cama dos pais? Esse dia chegou para Gabi. Ela pede ao seu pai, que começa a criar diversos obstáculos para ela desistir da ideia. Mas Gabi é muito insistente e arruma uma boa resposta para cada empecilho. Esta divertida história mostra que dizer a verdade pode ser o melhor antídoto para uma ideia fixa.
Essa simpática história permite explorar temas como relacionamento entre pai e filha, hora de dormir e criatividade.



Eu e o silencio de meu pai. Transformar-se em gente não é tarefa fácil. O Menino muito sofreu, muito chorou. Olhava o Pai e não entendia por que seu pai não era como os outros tantos pais - homens de palavras, homens de carinhos, homens de festa. Não, seu pai era silencioso, triste. Seu olhar era distante,seu passo era trôpego, seu carinho era vago. Assim, o Menino teria que aprender a amar esse Pai. Teria que aprender a conversar com ele.



Eu amo meu pai. Este livro conta que quando o Nico está com o pai dele, tudo fica mais gostoso!
Os dois fazem muitas coisas juntos e o paizão fica sempre orgulhoso!
Descubra por que o Nico tem razão em dizer:
- Eu amo o meu pai.



O melhor pai do mundo. O pequeno gorila acha que tem o melhor pai do mundo. O papai gorila pode usar casacos esquisitos, ser péssimo consertando coisas e ser desengonçado em uma pista de dança, mas os momentos nunca são tediosos quando ele está por perto. Com ele, o pequeno gorila faz coisas muito interessantes. Ele tem o melhor pai do mundo, por isso, é impossível não se divertir!



'Pé de pai' apresenta as diferentes formas que o pai pode assumir para agradar o filho - o pai avião, o pai motor, o pai esconderijo, o pai colchão, o pai cofre, e muitos outros. As ilustrações combinam poucas e vivas cores para personificar as metáforas do texto.



O livro do pai chato. Leitura divertida sobre as “chatices” dos papais
Os limites que precisam ser impostos, broncas e, algumas vezes, até as brincadeiras que os papais fazem podem não agradar muito as crianças. Você um dia deve ter pensado “como meu pai é chato”, não?
Segundo Deborah Barros, professora, com especialização em Psicopedagogia, é comum as crianças acharem que os pais são chatos se não fazem o que elas querem. Mas, às vezes, os pais precisam ser “chatos” se esta “chatice” significar colocar regras e limites.
“O Livro do pai chato”, de Raphael Vidal, lançamento da editora Memória Visual, aborda com bom humor as rusgas que costumam aparecer entre filhos e pais. Leitura bacana para fugir da chatice.




Presente de pai. Eugênio ficou furioso quando a mãe lhe pediu que vestisse uma roupa de seu pai. Era Dia dos Pais e com certeza tinha sido ideia da professora que os alunos fossem para a escola vestidos de pai. Diante daquela pilha de calças, camisas e casacos, ele pegou algumas peças de roupa e correu para o quarto, decidido a apenas experimentá-las. Mas algo inesperado o fez mudar de ideia!



O Pai Galinha e o seu Pintainho. A história de um pai com coração de mãe. Um livro que nos revela que o amor de pai é tão incondicional como o de mãe. Bernardino Pacheco fugiu ao cliché quando criou um Pai que tem tanto de super-herói como de fada do lar.

O Livro do Papai. Alguns pais gostam de fazer biscoitos, outros trabalham bem longe de casa, e tem pais que gostam de inventar coisas novas.
Abra este livro e conheça todos os divertidos tipos de pais.

 

 


Papai é pop. Então, você vai ser pai. Você sabe que precisa comprar uma casa maior. Tem que ter mais espaço pra criança. Tem que ter mais um quarto no apartamento. Tem que ter um berço novo, não pode ser aquele que a vizinha se dispôs a emprestar. Então você sabe que tem que trocar de carro, com seis airbags, no mínimo, ar-condicionado de fábrica. O que o humorista Marcos Piangers descobriu ao ser pai jovem é que essas preocupações não fazem diferença nenhuma. O que vale mesmo não é pagar pela melhor creche, se você é o último a buscar seus filhos. Não é comprar os melhores brinquedos, porque as crianças gostam mesmo é das brincadeiras que não custam nada. No fundo, o que importa mesmo, como os textos divertidos e emocionantes de Papai é Pop mostram, é você estar com seus filhos, não pensando em outra coisa, mas estar lá. De verdade.



Papai. 'Papai!' adentra o imaginário infantil para incitar as crianças a rirem dos próprios medos. E qual é a criança que não sente medo da noite, do escuro e de pesadelos? Uma prova de que é possível lidar com os temores infantis com leveza e bom-humor. ..



'Querido Papai' (edição de bolso), é um presente ideal para quem quer expressar com bom humor tudo o que sente por seu pai. Com sua habilidade de criar divertidas histórias com fantásticas imagens de animais, Bradley Trevor Greive fala do papel que o pai desempenha na vida dos filhos, construindo uma declaração de amor que vai emocionar pais e avôs de todas as gerações.


'Meu Pai, Meu Herói', Repleto de palavras de afeto, ternura e gratidão, o gitf book representa o vínculo que pai e filho estabelece ao longo da vida. Alternando pensamentos e imagens, o autor faz incursões pelo universo paterno, mostrando sentimentos como proteção, força e responsabilidade, que os pais mostram aos filhos durante toda a vida.



Alô papai. O conto apresenta uma conversa por telefone entre pai e filho. O menino pede ao pai que lhe traga um presente após o trabalho. O pai usa a criatividade para inventar um trator com asas, um avião com remo, até um bode de óculos! O menino acha muito divertido, mas sempre contesta o pai. Afinal, qual será o presente?



Mas papai... Papai macaco dá boa-noite aos seus filhos, mas sempre falta alguma coisa: "Mas papai, é preciso vestir o pijama antes de deitar!". O pai corresponde ao pedido, e logo vem outra queixa: "Mas papai...". A repetição provoca nos leitores iniciantes o envolvimento com a narrativa e uma divertida brincadeira.



Meu Pai É Grande e Forte Mas... Todas as noites é a mesma história, que começa assim: - Eu não quero ir pra cama!' E depois mais um pedido de outra história, e outra... E, finalmente, as intermináveis negociações para deixar a luz do corredor acesa. Uma rotina que a maioria dos pais de crianças pequenas conhecem bem. Só que nosso personagem não é uma criança que não quer dormir, mas um pai 'grande e forte' que tem medo de escuro.

 

 


Meu pai é uma girafa. Meu pai é grande e alto, gentil e divertido. meu pai é uma girafa! Valendo-se da visão de uma criança, o premiado autor e ilustrador australiano Stephen Michael King cria este divertido e afetuoso livro, no qual as qualidades de um pai são vistas de forma inusitada por seu filho.



Pai, não fui eu! O autor narra a história de um pai que, enquanto trabalhava tranquilamente no escritório de sua casa, ouve um estrondo. A filha dele, que presenciou o desastre, logo chega para dar explicações - o barulho foi por causa do livro italiano gigante - o preferido do pai - que, de repente, despencou da prateleira da estante. E quem o deixou cair foi o leopardo, que, ao ver a menina folheando o livrão, disse que adorava ler e se aproximou, mas acabou esbarrando nele e lá foi o livro gigante estante abaixo... Depois de todo este esclarecimento, qual não foi a surpresa do pai ao abrir o seu livro!... Esta obra busca ser amostra da relação entre pais e filhos, ilustrada com por Anna Laura Cantone.



Para meu superpai! Esta obra procura trazer mensagens para quando um abraço parece pouco e um presente material não consegue expressar o que as pessoas sentem em relação a seus pais.



Meu pai é um problema. O pai-problema tem um emprego muito aborrecido, mas, quando ele chega em casa, a coisa muda de figura: ele va para a oficina e começa a inventar. Imagine só: ele inventou um enorme robô em forma de coelho cuja missão é comer - ou seja, cortar - a grama. Às vezes ele enlouquece toda a família, mas acredite: uma hora todos vão achar uma maravilha ter um pai ou um marido inventor.


O Alfaiate Fanfarrão








  Um dia, um alfaiate que estava sempre a gabar-se da sua esperteza, decidiu ir correr mundo. Depois de percorrer um longo caminho, chegou a uma colina íngreme, atrás da qual se via a copa de algumas árvores e uma torre muito alta que desaparecia no meio duma nuvem.

   – Vou ver quem é que lá vive – disse audaciosamente o alfaiate. – Nada me mete medo. – Até para si próprio se gabava.

   Apenas tinha caminhado uns metros, quando algo de singular aconteceu. A torre começou a mexer. O alfaiate esfregou os olhos. Com certeza estava a ter miragens. As torres não mexem. Mas esta mexia. Deslocou-se até junto da colina e parou em frente do alfaiate. Não era uma torre. Era uma perna. A perna de um gigante. E, rapidamente, seguiu-se-lhe uma segunda. Ora, onde existem duas pernas gigantes, existe provavelmente um gigante.

   – O QUE É QUE TU QUERES? – rugiu o gigante.

   O alfaiate pôs as mãos em concha à volta da boca e gritou bem alto:

   – Quero ganhar uma casca de pão!

   – Podes vir trabalhar para mim – rosnou o gigante.

   O alfaiate viu que não podia recusar a oferta, visto ser tão pequeno e o gigante tão grande.

   – Quanto me pagas? – perguntou.

   – Dar-te-ei trezentos e sessenta e cinco dias por ano e um dia extra nos anos bissextos – respondeu o gigante.

   – Parece-me justo – disse o alfaiate, embora estivesse determinado a fugir o mais depressa possível.

   A primeira tarefa que o gigante lhe deu foi acarretar água.

   – Um jarro chega? – perguntou o alfaiate. – Ou queres que traga o poço? Se o poço não chegar, trarei a nascente.

   – Não, não, o jarro leva o suficiente – disse o gigante.

   E pensou com os seus botões: "Este não é um homem normal, se consegue trazer um poço e uma nascente. Tenho de ter cuidado com o que lhe digo."

   A segunda tarefa que o gigante deu ao alfaiate foi cortar lenha.

   – Porque não me deixas trazer a floresta inteira e acabamos com isto? – disse o alfaiate em tom de desafio.

   – Não, não é necessário – disse o gigante. E resmungou com os seus botões: "Trazer um poço e mais a nascente... cortar uma floresta inteira! Que espécie de homem é este?"

   A terceira tarefa que o gigante lhe deu consistia em matar dois javalis para o jantar.

   – Vou trazer-te mil – vangloriou-se o alfaiate.

   – Não, não, dois chegam – disse o gigante. E murmurou com os seus botões: "Trazer poço e nascente... cortar uma floresta inteira... trazer mil javalis. Este homem é perigoso. Quanto mais cedo me livrar dele, melhor." Estava tão preocupado que ficou toda a noite acordado a pensar na melhor maneira de se ver livre do alfaiate.

   Na manhã seguinte, o gigante levou o alfaiate a um pântano onde cresciam salgueiros. O gigante içou o alfaiate e sentou-o no ramo elástico de um deles.

   – Acho que nem mesmo TU consegues vergar esse ramo até ao chão – disse o gigante.

   – Ah, isso é que consigo! – gabou-se o alfaiate.

   Inspirou profundamente e susteve o ar no peito. Depois, empurrou o ramo, que começou a vergar vagarosamente.

   – Mais… – disse o gigante.

   O alfaiate pressionou com mais força. O ramo desceu mais ainda. O fôlego do alfaiate esgotara-se. Precisava de tomar fôlego outra vez. Tinha de tomar fôlego outra vez. Mas, quando abriu a boca para inspirar, o ramo elástico do salgueiro lançou-o violentamente ao ar, como uma catapulta lança uma pedra. Subiu muito alto, cada vez mais alto. Deve ter ido além da lua, pois nunca mais ninguém o viu, para alívio do gigante.

   Se o alfaiate não fosse tão fanfarrão, provavelmente estaria agora sentado em casa a contar aos netos a história de um gigante que um dia conhecera.

Contos de Grimm
São Paulo, Edições Melhoramentos, 1968

A história do queijo flamengo







  Se acharem esta história mais disparatada e patusca do que as outras, não é culpa minha. Ela passou-se num sítio onde as histórias patuscas parecem histórias muito certinhas. Lá, nesse sítio, as nossas histórias muito certinhas também parecem patuscas... Acontece.

   Mas vamos à história, que se faz tarde.

   Era uma vez um queijo flamengo, redondo e vermelhinho, ainda por encetar. Estava pendurado numa árvore, porque, nas histórias patuscas, os queijos nascem e crescem nas árvores. Era um queijo muito maduro, quase a cair, de maduro que estava. E caiu.

   Caiu, mas não se espalmou, porque tinha a casca dura. Caiu e pôs-se a rebolar pela encosta abaixo. Assim foi ter a uma estrada alcatroada, com ótimo piso para queijos flamengos.

   Rebolando sempre, passou por uma leitaria, onde estavam alinhados, na montra, muitos queijos da serra. O dono da leitaria viu o queijo flamengo em liberdade, saltou do balcão e desatou a correr e a gritar:

   — Agarra, agarra, que o queijo é meu.

   Por azar, escorregou numa casca, talvez de queijo, e estatelou-se no chão. Puseram-se a rir os queijos da serra da montra e de tanto se rirem até se babaram todos. Ainda eram queijos frescos.

   Lá mais adiante ia um regimento a passar. Reluziam as cornetas, as espadas e os botões. Nunca falta Sol, nestas ocasiões.

   Veio o queijo flamengo, saltitando o saltarico, e a marcha foi ao chão, como se lhe desse um fanico.

   — Estamos a ser atacados! Atirem sobre ele! — gritavam os oficiais.

   Mas já não atiraram a tempo. O queijo flamengo tinha escorregado por uma ladeira, enfiado numa escada e, ploc, ploc, ploc, descia os degraus aos saltos, o que é sempre perigoso. Nunca desçam as escadas aos saltos, sobretudo se ainda não tiverem a casca suficientemente dura.

   Os degraus, por sinal, eram os da bancada de um campo de futebol, onde o público gritou GOOL! quando viu o queijo saltar para dentro da baliza.

   O guarda-redes é que ficou danado, por ter consentido naquele "frango", que, afinal, até era um queijo. E vai daí, deu-lhe um enorme pontapé, que o atirou para as nuvens, precisamente na altura em que o público voltava a gritar GOOL!, porque desta vez, a verdadeira bola de futebol do desafio entrara na baliza, à guarda do guarda-redes, distraído com a bola que não era...

   Parece tudo um bocado confuso, mas acho que se percebe.

   Quem não percebeu foi o piloto dum avião supersônico, daqueles que escrevem gatafunhos no céu, que ninguém consegue ler. Quando viu um queijo flamengo quase a roçar-lhe uma asa, o piloto desenhou uma quantidade de pontos de interrogação, no ar: Será um satélite? Terei subido demais? Ou bebido? Será mesmo um queijo? Ou uma miragem? Ou uma miragem-queijo? Sendo assim, porque é que não é uma miragem-pão com queijo?

   Pelo sim pelo não, decidiu regressar à base, desconfiado de que o mal dele era fome.

   Se o queijo se não tivesse, entretanto, lembrado da lei da gravidade, a estas horas os astrônomos, que apontam os seus telescópios para os astros, estavam a descobrir um novo planeta. Um planeta-queijo, por que não?

   Por que não ou por que sim, o queijo flamengo caiu.

   Caiu num jardim, onde um famoso ponta-de-lança, tão famoso que eu nem preciso dizer o nome (até porque não me lembro...), onde o tal futebolista jogava à bola com o filho.

   O futebolista, supondo que o queijo era a bola, deu-lhe um chuto valente. À conta deste novo impulso, o queijo executou um grande arco no ar e foi ter... adivinhem onde?

   Foi ter à árvore dos queijos flamengos, donde tinha partido, quando esta história começou.

   É natural que se tenha desprendido de novo, mas, por hoje, já chega. Tivesse voto na matéria, e o amolgado queijo flamengo também diria o mesmo.


António Torrado