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Peixinho Dourado Vai Passear





Peixinho Dourado vivia feliz a nadar nas águas verdes e azuis do mar.Brincava de esconder com os peixinhos coloridos e sabia fugir dos peixes grandes.

    Peixinho Dourado ajudava a mamãe a cuidar do jardim e o papai a polir as pedrinhas que rodeava as plantas aquáticas.

    Á noite, quando o raio da Lua prateava a água do mar, Peixinho Dourado ouvia as historinhas que a vovó peixe contava sobre a baleia azul, os pescadores e os seus anzóis...

    Peixinho Dourado tinha medo dos pescadores.

    Tinha meda da D. Baleia Azul.
    Todos diziam que ela era muito grande e feroz.Comia todos os peixinhos encontrava...

    Numa bela manhã de sol Peixinho Dourado saiu para passear.Ia contente a nadar,nas  águas verdes e azuis do mar.Encontrou um cavalo marinho, deu adeus pra D. Sardinha, sorriu  para o Peixe-Boi e fugiu do Porco-Espinho. Peixinho Dourado continuava feliz o seu  caminho...

    Já estava bem longe quando um vento muito forte começou a soprar.O vento foi  soprando, soprando, cada vez mais forte... Brrrr... Brrrr... Brrrr...
    - Socorro! Socorro! - Gritou Peixinho Dourado todo assustado. Que medo!

    Mas o mar estava agitado. Havia vento e barulho e ninguém ouviu o seu grito.
  Peixinho Dourado foi rolando, rolando, rolando ...
     Foi subindo, subindo, subindo até que chegou lá no alto, junto à praia.

    Na praia havia uma porção de crianças que brincavam com seus baldinhos de areia  e suas pranchas.

    Paulinho e Bilela faziam um castelo na areia. De repente, veio uma onda forte e... paf!  derrubou o castelo. Em seu lugar ficou só uma poça d' água. Dentro da poça d' água um  peixinho.

    - Ôba, ôba! - gritou Paulinho. Olhe o que achei! Um peixe! Um peixinho dourado!

    Bilela colocou o peixe dentro do balde cheio d' água. E os meninos levaram  Peixinho Dourado para a casa.

    A mamãe colocou o peixinho dentro de um pirex grande cheio d' água.
    Os meninos puseram areia no fundo. O papai plantou plantinhas aquáticas na areia.
  Todos estavam muito contentes !

    Só o Peixinho Dourado estava triste, muito triste.
    Não tinha graça nenhuma nadar sozinho, dentro de um prato de vidro, sem ondas verdes  ou azuis e peixes coloridos para brincar.

    Muito triste, ele nadava devagarinho, pra cá e pra lá, dentro do aquário de vidro...

    Até que um dia Bilela falou:
    - Sabe, Paulinho, eu acho que o peixinho esta triste. Ele esta sempre quietinho,  não come nada ...
    Paulinho disse:
    - É mesmo. Eu acho que ele esta com saudade do mar. O mar é tão bonito! Vamos,  vamos, vamos -respondeu Bilela.

    No outro dia, bem cedinho, os meninos foram para a praia. Peixinho Dourado ia  dentro do baldinho. Eles entraram no mar com muito cuidado. De repente, veio uma
  onda mais forte. Os meninos pulavam a onda com o balde na mão.

    Peixinho Dourado saltou e caiu dentro de uma onda muito grande e muito azul.
  Ele foi rolando, rolando, rolando ...
    Foi descendo, descendo, descendo ...

    Quando ouviu um barulho e uma correria. Pexes grandes e pequenos corriam e se  escondiam entre as plantas e as pedras no fundo do mar.
    Que seria?

    Peixinho Dourado era muito pequeno.Ele se escondeu bem escondidinho dentro de  uma concha dor de rosa e ficou esperando.

    Tudo estava quietinho,quietinho.As ondas iam e vinham de mansinho, azuis, verdes
  e azuis...

    De repente D. Baleia Azul apareceu, enorme, bufando e espirrando água por todos  os lados. Ela era tão forte que quando passava as ondas se abriam. Sua boca imensa  engolia tudo o que encontrava!
    - Peixes grandes, peixes pequenos, quadrados, compridos, arredondados, vermelhos,  dourados.

    Peixinho dourado de dentro da concha espiava tudo por um buraquinho. Ele tremia  tanto de medo que a concha pôs-se a rolar devagarinho.
    Foi rolando, rolando, rolando ...

    E Peixinho Dourado chegou em casa afinal. Ele contou sua história a todos outros  peixinhos e acabou dando um conselho: - não vão passear muito longe. D. Baleia  é perigosa. A praia é cheia de meninos que põe a gente num mar de vidro. Sabem o  que me salvou?
    Foi uma concha cor-de-rosa ...

Teresinha Casasanta

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