Era uma vez um barquinho muito, muito
infeliz.
Vivia embrulhado,Tinha enjoo do
balanço do mar.
Era só começar a navegar e ele a
passar mal, a marear.
Os peixinhos riam dele e, para piorar
a situação, ficavam indo e vindo à sua frente, de pura molecagem, aumentando a
aflição.
— Quem mandou nascer barquinho?
— brincava uma gaivota.
— Mas eu não nasci assim, sua boboca!
Por que não me deixaram ser árvore a
vida inteira, parada num só lugar, sem este vai e volta, sem este vem e vai?
— reclamava o pobrezinho
— Puxa vida... ai, ai, ai!
Seu dono, um velho pescador, nem
notava o problema do coitado.
Todo dia, de manhã cedo, saía atrás
de peixe, sem domingo nem feriado.
Não tinha folga o barco enjoado.
Mas um belo dia, tudo mudou!
Todo contente, o pescador apareceu
com um barco bem novinho.
Era amarelo e cor de vinho.
E o outro se aposentou.
Desde este dia, quanta alegria!
Não precisa mais ir para o mar, nem
marear.
Fica na areia, tomando sol numa boa,
olhando de longe a pescaria.
No barco enjoado o velho escreveu
“peixe fresco todo dia” para atrair a freguesia.
Esta sim era a vida que ele queria!
esta história foi retirado deste site http://www.divertudo.com.br/historias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário