As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina
A gota d’água, um manso lago
O pingo da chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar
O bico do pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.
(In: A Arca de Noé. Vinicius de Moraes. São Paulo: Companhia das
Letras, 1991)
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