Marcílio era viciado em
jogo de baralho e quando tinha algum dinheiro fazia o uso das cartas. Certa vez
jogou durante todo um final de semana na cidade de São José do Egito(PE).
Na madrugada de domingo para segunda depois de perder todo dinheiro, resolveu apostar a própria roupa. Não era o dia da sorte e em poucos minutos perdeu as calças a camisa e os sapatos.
Liso, com fome e só de cuecas rumou para Ouro Velho (PB) a pé, naquela madrugada fria e escura. Já próximo de Mundo Novo, avistou através da claridade da lua nova uma casa velha e abandonada.
Entrou na casa espantando os morcegos com o chapéu de palha e deitou-se em um dos quartos, porém não conseguiu dormir, estava muito frio e de vez em quando ele ouvia uns gemidos vindos da cozinha.
Sentou-se no chão e começou a pensar, bem que poderia ser uma alma penada e lhe oferecer uma bela botija. Sonhava acordado, se fosse verdade o que iria fazer com o dinheiro da alma. Bem, para começar compraria a Fazenda de Zé Nunes; o caminhão de Severino Ford; roupas novas e jurava nunca mais pegaria em uma carta de baralho. Também não poderia esquecer-se de ir a Monteiro e pagar uma missa a Padre João Honório em sufrágio da alma penada.
De repente uma luz forte invadiu o quarto ofuscando seus olhos e encostada na parede uma mulher vestida de branco falou com uma voz rouca e trêmula:
- Moço eu queria que o senhor pagasse dez mil reis que fiquei devendo na bodega, só assim eu saio do purgatório.
Marcílio se levantou indignado, aprumou o velho chapéu de palha na cabeça, dirigiu-se a porta, pois não dava mais para dormir ali, olhou indignado para a alma e respondeu:
- Vá para o inferno alminha sem vergonha, logo eu que não tenho um centavo!
Na madrugada de domingo para segunda depois de perder todo dinheiro, resolveu apostar a própria roupa. Não era o dia da sorte e em poucos minutos perdeu as calças a camisa e os sapatos.
Liso, com fome e só de cuecas rumou para Ouro Velho (PB) a pé, naquela madrugada fria e escura. Já próximo de Mundo Novo, avistou através da claridade da lua nova uma casa velha e abandonada.
Entrou na casa espantando os morcegos com o chapéu de palha e deitou-se em um dos quartos, porém não conseguiu dormir, estava muito frio e de vez em quando ele ouvia uns gemidos vindos da cozinha.
Sentou-se no chão e começou a pensar, bem que poderia ser uma alma penada e lhe oferecer uma bela botija. Sonhava acordado, se fosse verdade o que iria fazer com o dinheiro da alma. Bem, para começar compraria a Fazenda de Zé Nunes; o caminhão de Severino Ford; roupas novas e jurava nunca mais pegaria em uma carta de baralho. Também não poderia esquecer-se de ir a Monteiro e pagar uma missa a Padre João Honório em sufrágio da alma penada.
De repente uma luz forte invadiu o quarto ofuscando seus olhos e encostada na parede uma mulher vestida de branco falou com uma voz rouca e trêmula:
- Moço eu queria que o senhor pagasse dez mil reis que fiquei devendo na bodega, só assim eu saio do purgatório.
Marcílio se levantou indignado, aprumou o velho chapéu de palha na cabeça, dirigiu-se a porta, pois não dava mais para dormir ali, olhou indignado para a alma e respondeu:
- Vá para o inferno alminha sem vergonha, logo eu que não tenho um centavo!
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