Nasceu no
Boi Velho, que na época pertencia à Monteiro e era família dos Bernardos e de
Caboco Ferreira todos gente afamada naquelas quebradas dos Velhos Cariris.
Só tinha um problema , Zé que era pequeno e magro que só um sibito, queria a todo custo entrar pra gloriosa Polícia Militar da Paraíba, onde pretendia alcançar quem sabe , o posto de marechal , uma patente muito em voga no exército brasileiro , isso lá no limiar dos anos sessenta aonde era tido como certo que o mundo ia se acabar e os Estados Unidos , alimentavam uma guerra idiota com os comunistas da Rússia , fato que nem de longe interessava a Zé.
Apesar da compleição física contrária a qualquer regimento militar – um metro e cinquenta e poucos centímetros, e uns cinquenta e poucos quilos, Zé , por indicação de um padrinho forte, foi incorporado à briosa Polícia Militar da Paraíba.
De farda caqui , quepi e coturno , ele era o próprio Zé Carrapeta , personagem do poema O ABILOLADO, do poeta Chico Pedrosa.
Depois que passou "a pronto" foi lotado no quartel de Campina Grande , onde enfrentou a antipatia do comandante que não lhe dava descanso.
Cumprido o prazo de recolhimento e treinamento no quartel de Campina , eis que chega a hora do bravo contingente partir para cumprir o seu dever ou seja: Todo mundo ir para o interior , estabelecer a ordem nas regiões mais críticas onde ainda imperava o "faroeste" , quando se falava que o rifle 44 , era a justiça do Piancó.
Conceição na Paraíba, por exemplo, não era naquela época o melhor lugar do mundo pra se ser soldado de polícia.
Zé morria de medo de ser enviado pra lá o que era quase certo por parte do seu comandante truculento .
Todo mundo perfilado , o comandante gritando , soldado fulano, vai pra tal lugar , soldado cicrano tal lugar e quase chegando a vez de Zé que teve uma ideia terminal, começou a falar bem alto, como se estivesse conversando com os colegas:
"Não me mandando pra Prata nem pra Ouro velho , onde eu tenho inimigos , pra mim qualquer lugar, tá bom".
Não deu outra, o chefão gritou de lá:
Soldado José Paes de Lira, vai destacar na Prata.
E Zé queria outra coisa?
Nunca foi promovido, nunca prendeu ninguém (pelo menos sozinho), e também até morrer, nunca mais saiu do eixo Prata/Boi Velho, onde fez muitos amigos e compadres e tomou suas cachaças até viajar desta para a melhor, em baixa definitiva.
Só tinha um problema , Zé que era pequeno e magro que só um sibito, queria a todo custo entrar pra gloriosa Polícia Militar da Paraíba, onde pretendia alcançar quem sabe , o posto de marechal , uma patente muito em voga no exército brasileiro , isso lá no limiar dos anos sessenta aonde era tido como certo que o mundo ia se acabar e os Estados Unidos , alimentavam uma guerra idiota com os comunistas da Rússia , fato que nem de longe interessava a Zé.
Apesar da compleição física contrária a qualquer regimento militar – um metro e cinquenta e poucos centímetros, e uns cinquenta e poucos quilos, Zé , por indicação de um padrinho forte, foi incorporado à briosa Polícia Militar da Paraíba.
De farda caqui , quepi e coturno , ele era o próprio Zé Carrapeta , personagem do poema O ABILOLADO, do poeta Chico Pedrosa.
Depois que passou "a pronto" foi lotado no quartel de Campina Grande , onde enfrentou a antipatia do comandante que não lhe dava descanso.
Cumprido o prazo de recolhimento e treinamento no quartel de Campina , eis que chega a hora do bravo contingente partir para cumprir o seu dever ou seja: Todo mundo ir para o interior , estabelecer a ordem nas regiões mais críticas onde ainda imperava o "faroeste" , quando se falava que o rifle 44 , era a justiça do Piancó.
Conceição na Paraíba, por exemplo, não era naquela época o melhor lugar do mundo pra se ser soldado de polícia.
Zé morria de medo de ser enviado pra lá o que era quase certo por parte do seu comandante truculento .
Todo mundo perfilado , o comandante gritando , soldado fulano, vai pra tal lugar , soldado cicrano tal lugar e quase chegando a vez de Zé que teve uma ideia terminal, começou a falar bem alto, como se estivesse conversando com os colegas:
"Não me mandando pra Prata nem pra Ouro velho , onde eu tenho inimigos , pra mim qualquer lugar, tá bom".
Não deu outra, o chefão gritou de lá:
Soldado José Paes de Lira, vai destacar na Prata.
E Zé queria outra coisa?
Nunca foi promovido, nunca prendeu ninguém (pelo menos sozinho), e também até morrer, nunca mais saiu do eixo Prata/Boi Velho, onde fez muitos amigos e compadres e tomou suas cachaças até viajar desta para a melhor, em baixa definitiva.
Zelito Nunes
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