ERA UMA VEZ uma bela jovem chamada Cinderela que vivia com
o seu pai, um comerciante viúvo e muito rico.
Cinderela perdera a mãe ainda criança e o seu pai,
pensando que Cinderela precisava de uma nova mãe, decidiu casar-se novamente.
A madrasta da Cinderela, também era viúva e tinha duas
filhas muito feias e muito más, do seu primeiro casamento.
Como o pai de Cinderela viajava muito, a madrasta malvada
e as suas novas irmãs obrigavam a Cinderela, na ausência do pai, a fazer todos
os trabalhos domésticos, fazendo troça dela sempre que podiam, e fingindo-se
muito amigas na presença do pai.
Quando o pai de Cinderela morreu, por ordem da
madrasta, Cinderela passou a dormir no sótão e a vestir-se de farrapos.
Cinderela nada mais tinha que o seu pobre quarto e os seus amigos animais que
habitavam na floresta.
Um certo dia foi anunciado naquele reino que o Rei iria
dar um baile no castelo, para que o seu filho, um jovem e belo príncipe,
pudesse escolher entre todas as jovens do reino, aquela que seria sua esposa.
Temendo que Cinderela fosse escolhida pois ela era
realmente muito bela, a madrasta proibiu Cinderela de ir ao baile,
argumentando não ter roupas adequadas para a vestir, enquanto suas irmãs
experimentavam vestidos luxuosos para a festa.
Cinderela como era muito habilidosa, decidiu fazer o seu
próprio vestido, com ajuda dos seus amiguinhos da floresta. No final estava
satisfeita pois tinha conseguido fazer um bonito vestido.
Mas, na noite do baile, a madrasta e as suas filhas
descobriram o vestido e rasgaram-no em mil pedaços!
Desolada, Cinderela foi para o seu quarto a chorar.
Sentada à janela, lamentava-se:
- Como sou infeliz! Não tenho nem tecido nem tempo para
fazer um novo vestido…
Nesse mesmo momento, apareceu a sua fada madrinha que lhe
disse:
-Não chores mais Cinderela, pois com a minha varinha
mágica transformarei esta abóbora num coche puxado por quatro lindos cavalos
brancos e destes panos velhos farei o mais formoso dos vestidos!
E então, Cinderela apareceu vestida com um sumtuoso vestido
azul e uns delicados sapatinhos de cristal; ao seu lado encontrava-se uma
luxuosa carruagem dourada e um cocheiro muito bem vestido que gentilmente, lhe
abria a porta.
Cinderela feliz da vida, entrou na carruagem, mas não sem
antes ouvir as recomendações da fada madrinha:
- O encantamento terminará à meia-noite por isso terás de
voltar a casa antes da última badalada, pois tudo voltará a ser o que era.
A jovem menina acenou que sim à fada com a cabeça, e
partiu em direção ao castelo.
Quando entrou no salão, Cinderela estava tão bela que a
madrasta e as suas irmãs, apesar de acharem aquele rosto familiar, não
conseguiram reconhecê-la.
O príncipe, que não tinha demonstrado até então qualquer
interesse pelas meninas que se encontravam na festa, mal viu Cinderela,
apaixonou-se perdidamente por ela.
Cinderela e o príncipe dançaram a noite inteira até que o
relógio do castelo começou a tocar as doze badaladas. Cinderela ao ouvir o
relógio, fugiu correndo pela escadaria que levava até aos jardins, mas no
caminho, deixou ficar um dos seus sapatos de cristal.
O príncipe desolado, apanhou o sapato e, no dia seguinte
ordenou aos criados do palácio que procurassem por todo o reino a dona daquele
pequeno e delicado sapato de cristal.
Os criados foram percorrendo todas as casas e
experimentando o sapato em cada uma das jovens. Quando chegaram a casa da
Cinderela, a madrasta só chamou as suas duas filhas e ordenou ao criado que
lhes colocasse o sapato. Por muito que se esforçassem o sapato não serviu a
nenhuma das irmãs.
Foi então que Cinderela surgiu na sala, e o criado
insistiu em calçar-lhe o sapato. Este entrou sem dificuldade alguma. A madrasta
e as suas duas filhas nem queriam acreditar!
O príncipe, sabendo do sucedido, veio imediatamente buscar
a Cinderela, montado no seu cavalo branco e levou-a para o castelo, onde a
apresentou ao rei e à rainha. Poucos dias depois, casaram-se numa linda festa,
e foram felizes para sempre.
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