Joãozinho e Maria






Era uma vez um menino muito levado chamado Joãozinho
Era teimoso e guloso
Mas de Maria, bom irmãozinho
Certo dia os irmãos a brincar
Pela floresta vão passear
De mãos dadas tão distraídos
Saem do caminho e ficam perdidos

As horas passavam e a neve caia
E a sombra da noite assim lhes dizia:
Andem mais um bocadinho
Que encontrarão o caminho
Viram então uma luzinha
A porta de uma casinha
Qual não foi sua surpresa
Ao verem tanta beleza
E com água na boca ficaram

De pão-de-ló a casinha
De chocolate a janelinha
Telhado de marmelada
De rapadura era assoalhada.

E bolinhos numa frigideira
Estavam fritando uma cozinE Joãozinho e Maria “zaz-trás”!
Pegam um bolinho, dois, três e mais

E a velha que dos doces deixou sobre a mesa
Resmunga zangada e com toda a certeza:
Chip, Chip, meu gatinho
Não coma meu bolinho!
Vendo os meninos depois
Numa gaiola prende os dois

Joãozinho que era levado
Um rabo de rato havia guardado
Ao “invés” do gordo dedinho
Por entre as grades punha o rabinho.

Certo dia, porém o coitado
Perde o rabinho, que desastrado!
E a velha contente para os dois assar
Prepara a fogueira e põe-se a chamar.

“Venham cá meus netinhos
venham catar gravetinhos
para o frio esquentar
venham, a fogueira pular

Mas, Joãozinho disse, de ligeiro
Pule a senhora primeiro
Deu um pulo a feiticeira
Tropeça e cai na fogueira.

(história contada e adaptada pela Profª Ondina Barroca Werneck)



Um comentário:

  1. Essa autora foi avó do meu marido. Ela nasceu em 1920 e faleceu em 2018. Foi professora e diretora na E E Abílio Rodrigues Patto em Gov Valadares MG. Escrevia muitos contos, compunha letras de músicas e foi excelente pianista. Uma mulher a frente do seu tempo.

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