A
felicidade se encontrou com a dificuldade e falou: “você atrapalha a minha
existência”.
A
dificuldade, muito difícil que era vez de responder, criou um caso: colocou dez
pedras enormes no caminho da felicidade. A felicidade, que já estava com as
asas meio tortas de tanto levar pedrada, pulou uma, duas, três, quatro,
cinco... E quando chegou a sexta, ufa! Descansou e reclamou um pouco:
“Você
não me deixa passar, saia do meu caminho!”
Então
a dificuldade, chatinha e difícil que era, continuou calada e colocou mais doze
pedras no caminho da felicidade. Ela puxou outra vez a alavanca da determinação
e começou a pular: uma, duas, três, quatro, cinco, seis, sete... Ufa! Na hora
da oitava, se deitou e pensou:
Estou
cansada. Por que ela não sai do caminho?!
Ai...
A dificuldade colocou mais catorze pedras enormes na estrada. A felicidade
levantou-se, determinada e séria, e começou a pular: uma, duas, três, quatro,
cinco, seis... Exausta, chegou a pular treze pedras e quando já estava quase na
última, ops! Deu de cara de novo com a dificuldade:
“O
que é isto, não acredito! Outra vez você no meu caminho?”
A
felicidade não vacilou. Respirou fundo, sorriu e alavancou a força necessária
para pular a última pedra.
A
dificuldade ficou parada, olhando, e disse apenas:
“Eu
existo para que você me vença, não para impedir a sua passagem.”
A
felicidade então prosseguiu mais feliz: sabia agora pular as pedras que iria
encontrar pela estrada. Uma estrada muito, muito longa.
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