Teatro Infantil de Natal - A Estrelinha Mágica







Personagens:ESTRELINHA, ÁRVORES, FABRICANTE DE BONECOS, NEGOCIANTE DE BRINQUEDOS, BONECOS

Cena 1

Ao início, doze (12) crianças entram no palco e formam três grupos de quatro crianças. Esses grupos se colocam no palco da seguinte maneira: 1 grupo à direita, outro ao centro e o outro à esquerda. Todas as crianças abaixam-se, com os joelhos no chão e a cabeça inclinada sobre as coxas. Ouve-se, então, música suave. As crianças começam uma expressão corporal imitando o nascimento da árvore. Erguem-se lentamente e, com os braços imitando galhos, colocam-se de pé imitando árvores, imóveis.
De repente, entre as ÁRVORES aparece a ESTRELINHA.

ESTRELINHA (com expressão de tristeza, canta {usar a melodia de "Ciranda,cirandinha...”}):
Eu sou uma estrelinha
Muito triste, do espaço.
Mas na terra estou perdida...
E agora, o que eu faço?

ÁRVORE A (estática, canta):
Se você é estrelinha,
Nós já vamos animá-la.
Mas é pena não podemos
Nunca, nunca acompanhá-la.

ESTRELINHA – Por quê?
ÁRVORE B - Não podemos sair do lugar...
ÁRVORE A - Se você se afastar um pouco, ficará longe de nós...
ESTRELINHA – Ora, mas eu posso resolver esse problema. Afinal, estamos no Natal!
ÁRVORE B - E isso faz diferença?
ESTRELINHA - Claro! No Natal eu fico com poderes mágicos. Vocês querem ver?
ÁRVORE A - Se é isso que você quer...
ESTRELINHA – Pois muito bem. Aprontem-se. Vou dizer a minha palavra mágica. (fala bem alto, movimentando bastante os braços): Balabadim, a minha mágica é assim! (e as
ÁRVORES começam a saltitar e a correr, como humanas).
ÁRVORE B - (abraça a ESTRELINHA): Você é maravilhosa!
ÁRVORE A – (muito alegre):
Como é gostoso Estrelinha,
A gente poder andar.
Felizes então amiguinhas
Vamos todas dançar.

Ao rítimo de música bem alegre, todas dançam, felizes. Depois...
ÁRVORE C - Venha, Estrelinha. Vamos levá-la à casa dos bonecos.
E todas deixam o palco, alegres.

Cena 2

Entra o FABRICANTE de bonecos. Triste, ele canta (usar a melodia de “Terezinha de
Jesus...”).
FABRICANTE –
Mas que triste, triste estou,
Que terrível situação.
Ninguém compra meus bonecos
E já estou sem um tostão.

Cabisbaixo, o FABRICANTE senta-se num canto, em silêncio. Então, surge o NEGOCIANTE
de brinquedos.
NEGOCIANTE (áspero, fala ao FABRICANTE): Vim devolver os seus bonecos. Eles não tem
vida...
FABRICANTE – Eu já esperava por isso. Ninguém mais quer meus bonecos... E eu os
fabriquei especialmente para este Natal...
NEGOCIANTE (canta {usar a melodia de “Atirei um pau no gato-to...”}):
Seus bonecos não tem vida-da-da,
Seu trabalho-lho foi em vão, vão, vão...
Aconselho-lho que se aposente-te
Para o bem, para o bem desta Nação. (e deixa o palco).

Cena 3

Nesse momento, entram a ESTRELINHA e as (três) ÁRVORES (A, B e C).
ÁRVORE-A - Estrelinha, este é o famoso Fabricante de Bonecos.
ESTRELINHA – Como vai, “seu” Fabricante de Bonecos?
FABRICANTE - Mal, muito mal. Ninguém quer os meus bonecos...
ÁRVORE-B - Mas o senhor não é famoso?
FABRICANTE - Não sou mais. Todos dizem que meus bonecos não tem vida...
ÁRVORE-C - E o Natal? As crianças ficarão tristes sem seus bonecos...
FABRICANTE – Infelizmente, eu nada posso fazer...
ESTRELINHA - Mas eu posso! (e canta {usar a melodia de “A canoa virou...”}):
Resolver o seu problema
Vai ser fácil para mim.
Vou dar vida aos seus bonecos,
Vou falar balabadim.
FABRICANTE - Mas o que é balabadim?
ESTREILHA - Balabadim é uma palavra mágica. Traga seus bonecos e eu mostrarei como
se faz.
O FABRICANTE bate palmas e os BONECOS entram com a seguinte postura: corpo curvado
para frente, braços caídos, soltos, cabeça baixa, andar lento e cambaleante. Espalham-se pelo palco, mais ou menos em semicírculo. E ficam imóveis, na postura indicada.
ESTRELINHA (coloca-se à frente dos BONECOS e, com movimentos de braços, exclama):
Balabadim, a minha mágica é assim!
Os BONECOS colocam-se eretos, soltos, alegres. E cantam (melodia de “mulher rendeira”):
BONECOS –
Olá, já temos vida!
Olá, vida já temos!
Somos todos bons bonecos,
Bom dinheiro então valemos...

Cena 4

Sob o ritmo de música bem alegre, todos dançam, inclusive o FABRICANTE, a ESTRELINHA
e as ÁRVORES. Enquanto eles dançam, volta o NEGOCIANTE que, surpreso, observa tudo.
Ao final da música...
NEGOCIANTE (entusiasmado): Compro todos os BONECOS. Agora, eles têm vida!
TODOS (muito alegres): Viva!
NEGOCIANTE (para os BONECOS): Queridos Bonecos, acompanhem-me! Vamos alegrar
as crianças neste Natal. (e deixa o palco seguido pelos BONECOS).
A ESTRELINHA, então, põe-se triste.
FABRICANTE (aproxima-se dela): O que faz você triste, meu bem?
ESTRELINHA – Estou perdida no espaço. Não sei mais o caminho de volta...
FABRICANTE - Pois então, alegre-se! Eu vou mostrar para você o caminho de volta. Espere um pouquinho só. (e sai)
ÁRVORE-A - Ele tem um montão de mapas.
ÁRVORE-B - Mapas muito velhos...
ÁRVORE-C - Talvez ele tenha o mapa do lugar...
ESTRELINHA - Engraçado, eu gosto muito dele... E nem sei o seu nome...
ARVORE-A - Também não sabemos. Mas as crianças costumam chamá-lo de Noel...
FABRICANTE (volta com um grande mapa nas mãos): Este mapa é tão velho quanto o
mundo. (com movimentos exagerados, coloca o mapa no chão e debruça-se sobre ele):
Venham ver.
Todos se aproximam.
ESTRELINHA (examina, atentamente, o mapa): Deixe-me ver... (dá um salto de alegria): É aqui! (mostra no mapa) Eu moro aqui, neste pedaço do céu...
FABRICANTE - Eu sabia. Os meus velhos mapas não falham!
ESTRELINHA (um tanto triste): Adeus, amigos! Chegou a hora de eu partir...(abraça todos e deixa o palco, sempre ‘acenando’ adeuses e beijos).
Todos os que estavam fora do palco retornam, menos a ESTRELINHA. E olham para cima,
como se buscassem alguma coisa no céu. De repente...
NEGOCIANTE (apontando): Lá está ela! E como brilha!
FABRICANTE (emocionado): Sim, é a minha ESTRELINHA MÁGICA!
Então, todos cantam (melodia da “Estrela Dalva, no céu desponta...”) enquanto acenam para o alto:
A estrela Dalva, no céu desponta,
E a lua anda tonta com tamanho esplendor...
E as pastorinhas, pra consolo da lua,
Vão cantando na rua lindos versos de amor...



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