Eu sou um menino multicolorido.
É, eu sou de todas as cores por dentro.
Sou misturado. Meu sangue é feito do sangue de muitas raças.
Minha mãe disse que quem tem avós de raças diferentes é mis . . . mis .
. . Esqueci! É um nome complicado. Prefiro pensar que sou multicolorido. Tenho
sangue de francês, de negro, de espanhol e de índio.
Por fora eu sou branquinho, de cabelo claro. Por dentro, sou europeu, preto, mulato, mestiço.
Acho que é por esse motivo que eu gosto tanto dos índios do Brasil.
Por fora eu sou branquinho, de cabelo claro. Por dentro, sou europeu, preto, mulato, mestiço.
Acho que é por esse motivo que eu gosto tanto dos índios do Brasil.
Gosto deles porque eu sou um pedaço índio e porque eles estão deixando
de ser índio por inteiro. É que as pessoas brancas aqui do Brasil, já faz
tempo, que estão enganando e destruindo eles, os donos da terra.
Eu vi na televisão os índios xavantes em Brasília. Eles estavam querendo que o presidente ajudasse todos eles a não desaparecerem.
Eu vi na televisão os índios xavantes em Brasília. Eles estavam querendo que o presidente ajudasse todos eles a não desaparecerem.
Fiquei muito aborrecido. Vai chegar o dia em que não vai ter mais índio
no Brasil.
Nesse dia, o Brasil vai ficar bem pequenino e não vai mais ser tão
bonito, porque quem faz a nação são as pessoas da terra.
Nesse dia, eu vou ficar triste para sempre. Sei que vou ficar branquinho
de raiva.
Desconheço o autor
o autor desse poema menino multicolorido é Alberto R. Alves
ResponderExcluir