Regina Chamlian
Ilustração: Alexandre Dubiela
A
turma reuniu-se na sala enfeitada. Martinha carregava um pacote enorme,
cheio de laços. Suzana e Antônio conversavam animados. Mariana pediu
para Juju começar a brincadeira. Cada um devia explicar antes por que
escolhera o presente para seu amigo secreto.
Quando Juju terminou de falar, um tênis, que mais parecia uma nave espacial, foi parar nas mãos de Felipe. Este contou por que comprou o CD importado para o Luís. Que explicou por que escolheu a bermuda de surfista para o Bruno.
— Bruno! — a turma gritou. — Agora é você!
Bruno pôs-se a falar:
— Bom, pessoal, é o seguinte: na primeira semana de dezembro, já tarde da noite, lá em casa, ouvimos um grito de filme de terror.
Todo mundo saltou da cama: "O que foi? O que foi?"
Minha mãe apontou, soluçando: "A ge-la-de-dei-ra! Ela que-que-brou!"
"O técnico avisou que, se ela enguiçasse de novo, já era", disse meu pai.
"Não faço questão de geladeira", minha irmã falou. "O que não dá é ficar sem computador."
Aí, minha mãe disse: "Se a gente fosse esquimó, jogava a caça sobre a neve, cobria com gravetos pros lobos não roubarem e pronto. Mas, em pleno verão brasileiro, geladeira é prioridade. Precisamos comprar uma nova imediatamente".
"E daí?", minha irmã perguntou.
"E daí que o mesmo dinheiro não sai da mesma carteira duas vezes", disse meu pai.
"Então o computador dançou?!", eu perguntei.
Meu pai respondeu: "O computador e outras coisinhas. Nossa geladeira é dúplex, custa mais".
"E o presente do amigo secreto", minha irmã lembrou mais que depressa.
"Bolem um presente criativo e que não custe nada", falou meu pai.
— Foi aí que eu tive a idéia — continuou Bruno, abrindo a mochila e tirando de lá um pequeno pacote.
— Espero que meu amigo secreto goste. Ele é o Rafa.
— Aí, Rafa! Vai lá! — gritou a turma.
Rafa começou a abrir o pacote. O silêncio era total.
— Não acredito que você guardou esta foto, cara! Que idade a gente tinha?
— Mostra! Mostra!
E a foto emoldurada de Bruno e de Rafa, quando tinham 6 anos de idade, foi passando de mão em mão. O maior sucesso.
— Puxa, Bruno. Só faltou uma coisa — disse Rafa.
— O quê?
— Um abraço, cara. Gosto de você! Bom fim de ano!
Quando Juju terminou de falar, um tênis, que mais parecia uma nave espacial, foi parar nas mãos de Felipe. Este contou por que comprou o CD importado para o Luís. Que explicou por que escolheu a bermuda de surfista para o Bruno.
— Bruno! — a turma gritou. — Agora é você!
Bruno pôs-se a falar:
— Bom, pessoal, é o seguinte: na primeira semana de dezembro, já tarde da noite, lá em casa, ouvimos um grito de filme de terror.
Todo mundo saltou da cama: "O que foi? O que foi?"
Minha mãe apontou, soluçando: "A ge-la-de-dei-ra! Ela que-que-brou!"
"O técnico avisou que, se ela enguiçasse de novo, já era", disse meu pai.
"Não faço questão de geladeira", minha irmã falou. "O que não dá é ficar sem computador."
Aí, minha mãe disse: "Se a gente fosse esquimó, jogava a caça sobre a neve, cobria com gravetos pros lobos não roubarem e pronto. Mas, em pleno verão brasileiro, geladeira é prioridade. Precisamos comprar uma nova imediatamente".
"E daí?", minha irmã perguntou.
"E daí que o mesmo dinheiro não sai da mesma carteira duas vezes", disse meu pai.
"Então o computador dançou?!", eu perguntei.
Meu pai respondeu: "O computador e outras coisinhas. Nossa geladeira é dúplex, custa mais".
"E o presente do amigo secreto", minha irmã lembrou mais que depressa.
"Bolem um presente criativo e que não custe nada", falou meu pai.
— Foi aí que eu tive a idéia — continuou Bruno, abrindo a mochila e tirando de lá um pequeno pacote.
— Espero que meu amigo secreto goste. Ele é o Rafa.
— Aí, Rafa! Vai lá! — gritou a turma.
Rafa começou a abrir o pacote. O silêncio era total.
— Não acredito que você guardou esta foto, cara! Que idade a gente tinha?
— Mostra! Mostra!
E a foto emoldurada de Bruno e de Rafa, quando tinham 6 anos de idade, foi passando de mão em mão. O maior sucesso.
— Puxa, Bruno. Só faltou uma coisa — disse Rafa.
— O quê?
— Um abraço, cara. Gosto de você! Bom fim de ano!
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