O Caso do Bolinho







Naquele dia o avô tinha pedido para a avó fazer um bolinho gostoso para os dois comerem. A vó misturou farinha com creme de leite, formou um bolinho bem redondinho e pôs no forno para assar.
O bolinho – hummmmmm – ficou gostoso e cheiroso, mas quente não poderia se comer, por isso a avó colocou na janela para esfriar.
Com aquela brisa da tarde, a maravilha de mundo pela frente, tantas coisas para descobrir e viver, o bolinho decidiu usar a esperteza e rolou fora da bandeja…
Rolou e rolou, mas logo encontrou a lebre que o farejou pelo bom gosto:
– Bolinho, bolinho eu vou comer você…
E o bolinho disse que antes que ela o comesse, ele cantaria sua canção:
– Eu sou um bolinho redondo e fofinho de creme recheado na manteiga assado. A vó não me pegou, o vô não me pegou e você não vai me pegar.
Zapt! O Bolinho de novo rolando para longe da lebre.
Rolou, rolou, mas logo encontrou o lobo que o farejou pelo bom gosto:
– Bolinho, bolinho eu vou comer você…
E o bolinho disse que antes que ele o comesse, ele cantaria sua canção:
– Eu sou um bolinho redondo e fofinho de creme recheado na manteiga assado. A vó não me pegou, o vô não me pegou e você não vai me pegar.
Zapt! O Bolinho de novo rolando para longe do lobo.
Logo depois, o bolinho encontrou a raposa e também começou a cantar. A raposa imediatamente disse:
– Que linda voz, que suave canção.
O bolinho ficou impressionado com o elogio. A raposa continuou:
– Pena que sou quase surda, mal posso ouvir… Por que você não pula aqui no meu focinho para cantar, senhor bolinho?
O bolinho muito esperto, mas muito mais vaidoso, pulou, e a raposa, astuta como só ela, nem esperou a canção começar para nhact. A raposa comeu o bolinho e acabou com a fome que roncava na sua barriguinha.

 Tatiana Belinky

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