O Sapinho Fujão





O Sapinho Fujão

Era uma vez um sapinho,
Que só de fugir da sua lagoa falava
Mesmo entre mil beijinhos
Mamãe boas broncas lhe dava

Mas, o sapinho não ligava
E de lagoa em lagoa, pulava
Quando se deu conta
Bem longe de sua casa já estava.

E a noite chegou,
Ao longe já se ouvia
A coruja a piar,
Os sapos a coaxar,
Mas, e o sapinho?
Sua lagoa não sabia achar.

Os bichos da noite começam a vaguear
E encontrou um grilo a cricrilar,
Senhor grilo,
Pode a minha casa me levar?
Mas, o grilo não podia
Coitado do sapinho...


O grilo não podia,
O sapinho não sabia.
E logo o tatu foi perguntar
Pode a minha casa me levar?
O tatu não queria.
Coitado do sapinho...
O tatu não queria,
O grilo não podia,
O sapinho não sabia.

Encontrou o morcego a voar
Pode a minha casa me levar?
Mas, o morcego não devia,
Coitado do sapinho...

O morcego não devia,
O tatu não queria,
O grilo não podia,
O sapinho não sabia.
Então uma cobra foi achar
Pode a minha casa me levar?
E a cobra, ...claro que iria...
Coitado do sapinho...

O morcego não devia,
O tatu não queria,
O grilo não podia,
E o sapinho não sabia,
Que a barriga da cobra enchia.


Vanda Berger

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