DIÁLOGO ENTRE UMA FLOR E UMA CRIANÇA








Em um pequeno jardim, havia um pé de rosas-meninas. O dia era especial, pois nele, Terezinha uma garotinha de sete anos de idade resolveu brincar com suas bonecas.
No alto céu, o sol reinava brilhante, nuvens passeavam sobre diversas formas e uma brisa suave roçava com simplicidade levantando pequenas folhas. Borboletas voavam de um lado para o outro, exibindo cores e bailados. Também havia beija-flores, que se divertiam enfeitando todo aquele cenário de paz!
Estava feliz a pequena Terezinha, tinha ganho de presente uma boneca quase do seu tamanho. Ajeitou-se a sombra de uma palmeira e de repente ouviu uma voz que com tamanha doçura chamava o seu nome: _ “Terezinha, Terezinha”. Olhou em volta, pensando ser alguém de sua família, mais não viu ninguém.
 _ “Terezinha sou eu, sua amiguinha”. Terezinha, porém fitou o olhar nas suas bonecas, para ver qual delas, lhe daria o prazer da palavra. E desta vez muito mais atenciosa, viu que a voz delicada vinha do pé da menina-rosa.
Como criança boa e educada possui a compreensão do amor e o dom angelical, imediatamente, pois se a conversar com a flor pequenina de igual para igual. Foi logo querendo saber o nome dela e esta lhe disse: “Aqui neste jardim me chamam de Ternura Sem Fim. Porque faço amizades com tudo, levando carinho pra todos do mundo”. Quantos anos você têm? Perguntou Terezinha. “Tenho a idade de quem me criou. Porque posso morrer e renascer, sem preocupar com quem vai me plantar”. E Terezinha quis saber do que a rosa gostava de brincar. “Ah! Terezinha, eu brinco de Viver de Amor, um sorriso aqui, uma carícia ali, coisas simples, mais de muito valor”. Terezinha mais uma vez pergunta: “E como é essa brincadeira de Viver de Amor?” E a rosa respondeu: “Sabe Terezinha, é a brincadeira mais sábia e antiga da humanidade. É coisa de criança como você, e da natureza como eu. Todos podem participar, porque não existe desigualdade. Quanto mais se brinca, mais se tem vontade de brincar. Ninguém jamais se enjoou dela. Nesta brincadeira, valem todas as coisas boas. Quando aprendemos a brincar de verdade, mais a alma sonha e o coração voa. E tudo porque somente o amor é real. Ele entende o que cada coisa ou pessoa é. Nunca fica aborrecido e a marca de sua autenticidade é a pureza do olhar e a força do sorriso”. Pergunta Terezinha mais uma vez: “podemos ver o amor?” E a pequena flor lhe responde: “ É claro Terezinha, veja este jardim, sua beleza é a imagem do amor. O amor está no céu, nas flores, nos pássaros, nas estrelas, nas suas bonecas, nos animais, na água, nos seus amiguinhos, no papai, na mamãe, no sol e em todas as coisas que Deus criou. Poderá sentir o amor de diversas formas: no ar, no abraço, no beijo, na alegria, no olhar, na presença dos alimentos, nas palavras ternas e até mesmo num simples aperto de mão. O amor Terezinha, vive dentro do coração, lá ele faz seus caminhos e conquista com o poder da união. Não vê nós duas conversando, tem tudo a ver com a presença magnífica do amor. Os adultos me olham, me tocam, mais não conseguem me ouvir falar. Porque pra gente grande, o amor já não é tamanho do mar. Eles vivem sem tempo pra essas coisas simples, mais tão necessárias. Preferem as classificações do mundo, ao invés da elevação da alma. Cuidam tanto do futuro e estacionam o amor em cima do muro. Não possuem a coragem para ampliar os horizontes da amizade e quando param para brincar de Viver de Amor, o compromisso com a vida diz: Agora é tarde, o tempo acabou “.  Então, Terezinha acaricia suavemente a rosa-menina e com os olhos brilhando pergunta: “Nós duas estamos praticando o amor?” E a rosa agitando suas folhinhas, disse: “ Sim minha pequena Poesia. Toda vez que você olhar para dentro de si e vê paisagens de festas e motivos para sorrir, o amor estará completamente impresso dentro de ti. Quando nos sonhos você sentir a harmonia de tão somente existir,
o amor abrirá portas para a sorte te possuir. E nunca se esqueça de que somente o amor é real e a fonte de toda bondade, que quanto mais amor você der, maior será a sua parceria com a felicidade!”
Neste instante sua mãe lhe chamou e a rosa se despediu da menina, que prometeu não comentar com ninguém, sobre tudo o que conversaram.
 
Akeza

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