Um ratinho vivia com sua mãe num buraco escondido pela vegetação. Um dia ele resolveu sair sozinho de casa pela primeira vez, e quanto retornou todo orgulhoso da aventura que empreendera, ela lhe perguntou o que vira, e ele contou:
- Mãe, eu encontrei uns bichos estranhos que a senhora nem imagina! Um deles era bonito, de aparência delicada, pelo macio, e tinha um rabo comprido que se movia com tanta elegância e suavidade que parecia estar formando pequenas ondas. Mas em compensação, o outro era simplesmente um monstro horrível que carregava alguns pedaços de carne crua presos no alto da cabeça e debaixo do queixo, e elas balançavam pra lá e pra cá quando ele andava. De repente aquela coisa cheia de penas se sacudiu toda, levantou a cabeça e deu um grito tão apavorante e assustador, que quase morri de tanto medo e por isso fugi correndo o mais depressa que pude. E se não me conformo com isso, mãe, é porque justamente naquela hora eu já estava pensando em me aproximar do bicho simpático, para conversar com ele.
- Ah, meu filho! – respondeu a mãe – ainda bem que isso não aconteceu. Porque o que te pareceu ser um monstro não passava de uma ave inofensiva; enquanto o outro, o bicho simpático, era um gato feroz que teria te devorado em menos de um segundo
Moral da história: As aparências enganam.
Baseado em uma fábula de Esopo
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