Veio para a escola um
aluno novo. Chama-se Henrique. É diferente dos outros meninos. Precisa de ajuda
para fazer algumas coisas. E para outras não.
Na escola Henrique não
tem muitos amigos. Ninguém sabe como brincar com um menino que está numa
cadeira de rodas…
— Vamos fazer uma
corrida, Henrique! — grita André.
É claro que é ele quem
ganha.
— Comes tão devagar,
rapaz! — ri-se André.
Um dia, no fim da
aula, André grita:
— Eh, olhem, para mim
a imitar o Henrique sou o Henrique!
Mas não repara onde
põe os pés e cai pelas escadas abaixo.
— Ai! — berra ele.
— Chamem a enfermeira!
— grita então Henrique.
E rapidamente levam
André ao hospital.
Uma semana depois, André volta para a escola. Tem uma perna partida, um
pulso torcido. E precisa que o ajudem a levar os livros... Demora muito a
chegar a qualquer sítio e, ao meio-dia, Tina teve que levar-lhe o almoço à hora
de comer, Tina tem que levar-lhe a comida. André come muito devagar…
— É muito difícil
comer as ervilhas com a mão esquerda — queixa-se ele.
Até Henrique acaba
primeiro! Henrique desafia André para uma corrida e ganha…
— Quem me dera ter uma
cadeira de rodas! — diz André.
Depois da aula, André
descobre que Henrique tem uma coleção de cromos de basquete, e Henrique convida
André a ir a sua casa.
— Bem, não sei, vamos
jogar a quê? — pergunta André.
— Logo vemos! — diz
Henrique.
André diverte-se
imenso em casa de Henrique. Brincam toda a tarde.
Ao cabo de alguns
dias, André e Henrique tornam-se inseparáveis.
Umas semanas mais
tarde, tiram o gesso a André. Como se sente feliz!
Ao almoço, André come
tão depressa que Henrique nem pode falar com ele.
Depois da aula, Tina
pergunta a André se quer fazer uma corrida.
— Só com uma condição
— diz André.— Levar o meu treinador.
— Claro que sim! —
respondeu Tina.
E lá foram os três
correr.
Nancy Carlson
André y el niño nuevo
Madrid: Espasa Calpe, 1991
(Tradução e
adaptação)
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