O LEÃO E O MOSQUITO
O dia era de calor insuportável e por isso o leão procurava descansar à sombra reconfortante de uma árvore frondosa. Mas não conseguia fazê-lo em paz porque um mosquito não lhe dava sossego, atormentando-o com o zumbido de seu voo e a ardência que suas picadas provocavam. Irritado com o incômodo que o pequeno inseto lhe causava, leão rugiu ameaçador:
- Some daqui, bicho insuportável! Vai-te para longe, miserável!...
O mosquito não gostou da forma encolerizada como fora tratado, e por isso revidou com atrevimento:
- Se estás pensando que tua condição de rei dos animais vai me amedrontar, estás redondamente enganado. Caso não saibas, outros animais de tamanho bem maior que o teu não conseguem me assustar, e já que é assim, prepara-te, porque a guerra entre nós dois vai começar agora.
E dizendo isso se atirou com raiva sobre o peito do leão, procurando depois sua barriga, em seguida o focinho, o dorso e outras partes onde o pelo do adversário era mais ralo, e nos lugares em que pousava tratava logo de perfurar-lhe a pele com seu bico em forma de agulha, longo e afiado. Isso foi enfurecendo cada vez mais o poderoso monarca porque este sentia a dor da picada mas não conseguia avistar o mosquito, e por esse motivo os olhos da fera passaram a faiscar de raiva, da boca lhe brotou a espuma da cólera, sua cauda passou a chicotear o ar em todas as direções, enquanto as garras batiam com violência em seu próprio corpo, aqui, ali e acolá, inclusive cortando-lhe a pele e fazendo-a sangrar. E assim ficou ele se contorcendo violentamente durante vários minutos, até que,
completamente esgotado, estirou-se no solo, totalmente indefeso.
Vendo isso o mosquito se encheu de orgulho, sentindo-se glorioso, triunfante, invencível. E lançando ao leão prostrado um olhar de profundo desdém, partiu em voo cantado disposto a anunciar a todos a grande vitória conquistada. Mas nem bem saiu do lugar e sua carreira foi interrompida por uma teia de aranha quase invisível, onde ele ficou imobilizado, sem outro recurso senão esperar que a morte viesse colocar um ponto final em sua vida de proezas.
Moral da história: O inimigo mais perigoso é sempre o que consideramos como o de menor importância.
Baseado em uma fábula de La Fontaine.
Meu nome é Telma Régia Soares Bezerra
Sou Professora. Minha formação Acadêmica: Pedagogia, Língua Portuguesa e Pós Graduação em Língua Portuguesa.
Trabalhei na Secretaria de Educação de Crateús, onde acompanhava o 3º Ano e Educação Infantil (PAIC e PNAIC) e Eixo do Leitor, com o qual me identifico muito. Sou fascinada por histórias... Leio de tudo, desde a literatura infantil até a literatura adulta. Alguns autores me encantam, como Ricardo Azevedo, Ruth Rocha, Elias José, Luis Fernando Veríssimo, Luis Câmara Cascudo... Ah.... Uma infinidade deles... E, além de ler, gosto de contar histórias, de preferência as de humor e de encantamento.
Meu nome é Elizabeth Macedo de Sousa. Sou Professora. Minha formação acadêmica - Psicopedagogia. Atuava na Secretaria de Educação com o Eixo do Leitor e as turmas de Educação Infantil.
Gosto muito de contar histórias e trabalhos de artes. Quando estou contando histórias, me transponho para o mundo da fantasia.
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