O cordeiro bebia água no córrego que corria em um trecho de terreno inclinado, quando avistou um lobo que fazia a mesma coisa um pouco mais acima de onde ele estava. O pequeno animal bem que tentou se esconder atrás de uma moita, mas antes que pudesse fazê-lo a fera também o avistou, e como ela estava cansada e irritada com a fome que fazia seu estômago doer, foi logo perguntando com cara de poucos amigos:
- Como é que você se atreve a sujar a água que estou bebendo?
E o cordeiro respondeu:
- Senhor lobo, eu não estou sujando nada, porque como a água está vindo daí para cá, não é possível que isso aconteça.
Mas o lobo retrucou:
- Isso não interessa, porque você vai ter que me explicar por que andou falando mal de mim no ano passado.
- Mas senhor lobo, no ano passado eu ainda não havia nascido.
- Se não foi você, então foi seu irmão.
- Me perdoe, senhor lobo, mas eu não tenho irmão, sou filho único.
- Se não foi você, então foi algum conhecido seu, algum outro cordeiro, o cachorro que guarda o rebanho, ou até mesmo o pastor. O fato é que eu fui ofendido e por isso preciso me vingar.
E então o lobo avançou sobre o cordeiro indefeso, agarrou-o com os dentes e foi embora à procura de um lugar tranquilo onde pudesse comer a sua presa.
Moral da história: Infelizmente, a razão do mais forte é a que sempre prevalece.
Baseado em uma fábula de La Fontaine.
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