Marlene B. Cerviglieri
O lugar era muito lindo mesmo. A casa grande então, merecia o nome, pois era imensa. Rodeada de roseirais e arbustos floridos. Parecia estar dentro de um jardim, com suas alamedas floridas.
Nos fundos estavam as árvores frutíferas, macieiras, pereiras, pessegueiros.Tudo no maior capricho como se fosse um tapete pintado estendido ali somente para se admirar.
Nós morávamos ali naquele fundo maravilhoso, no meio de todas estas árvores e outras bem altas formando a entrada numa extensa alameda.
Havíamos sido contratados para ajudar na colheita das maçãs.
O lugar era perfumado, cheio de pássaros, dos quais nós nunca havíamos visto antes. Nossos filhos como nós, estavam encantados com tanto espaços e árvores.
Aquilo era o paraíso. Aquele ano os pessegueiros não deram muitas flores, nos disseram. As árvores eram pequeninas, com poucas frutas.Todas estavam embaladas como balas em papel branco. Em troca desta ajuda teríamos por um ano moradia de graça. Para nós era muito bom. Meu marido como estudante não ganhava muito não.
Muito em breve iríamos colher as maçãs e as peras; esperávamos ansiosos estes dias, pois para nós seria uma nova experiência.
Nossa filha de três anos ia para a escola quase o dia inteiro, porém o de dois anos ficava comigo em casa. Meu marido também ia para a faculdade e lá permanecia o dia todo. O lugar era tão tranquilo, e eu não me preocupava, pois meu filho brincava com seus carrinhos na garagem. Fiz todo meu trabalho sempre de olho no pequeno. Ao meio dia procurei-o para tomar lanche e depois naturalmente como todos os dias iria dormir.
Para meu espanto, ele não estava na garagem, os carrinhos ali soltos, a bicicletinha...
Sai pelo pomar a procura, e nada!
Andei por tudo, onde será que se meteu este garoto?
Ele não ia até a casa grande, pois tinha medo de Collie, uma linda e meiga cachorra.
Resolvi voltar para a garagem.
Ah lá estava ele!
Onde andou meu filho?
Presto mais atenção e vejo-o com os bolsos cheios, a boca toda suja.
- Veja mamy, e me estendeu as mãos com os pêssegos.
Um frio me bateu no estômago! O que você fez?
Cortei todos os pêssegos, vamos lá o chão esta cheio...
Fui, e atônita vi o chão cheio de pêssegos, alguns até já mordidos.
Levei-o para dentro, quase não lanchou e logo dormiu, mas não antes de me ouvir pedindo que nunca mais fizesse isso. Falei das árvores e das plantas enfim para uma criança de dois anos...
Voltei ao pomar, colhi os pêssegos, os papeis voando e até os pássaros se fartando. Que fazer?
Coloquei-os numa cesta grande, e levei-os para a casa grande. Toquei a campainha, expliquei o acontecido. Só não entendia o riso nos lábios do senhor que me atendia.
- Calma minha senhora, foram apenas pêssegos! Vi daqui da janela quando seu garotinho subia nas árvores.
Sabe, a expressão no rosto dele era de tanta alegria...
Ele não só comia, mas acariciava a fruta, falava com ela como se pedindo permissão para pega-la.
Então pensei, que nós nunca agradecemos a natureza por nos ter dado tão belas frutas, e um menininho o esta fazendo e nos ensinando...
- Leve os pêssegos, senhora, ainda teremos muitos mais.
Voltei pensando no que ouvira.
Olhei no berço e ele dormia o sono dos anjos e suas faces coradas pareciam dois pêssegos instalados a sorrir.
Agradeci a Deus de estarmos ali naquela fartura, e mais ainda pela colheita.
O lugar era muito lindo mesmo. A casa grande então, merecia o nome, pois era imensa. Rodeada de roseirais e arbustos floridos. Parecia estar dentro de um jardim, com suas alamedas floridas.
Nos fundos estavam as árvores frutíferas, macieiras, pereiras, pessegueiros.Tudo no maior capricho como se fosse um tapete pintado estendido ali somente para se admirar.
Nós morávamos ali naquele fundo maravilhoso, no meio de todas estas árvores e outras bem altas formando a entrada numa extensa alameda.
Havíamos sido contratados para ajudar na colheita das maçãs.
O lugar era perfumado, cheio de pássaros, dos quais nós nunca havíamos visto antes. Nossos filhos como nós, estavam encantados com tanto espaços e árvores.
Aquilo era o paraíso. Aquele ano os pessegueiros não deram muitas flores, nos disseram. As árvores eram pequeninas, com poucas frutas.Todas estavam embaladas como balas em papel branco. Em troca desta ajuda teríamos por um ano moradia de graça. Para nós era muito bom. Meu marido como estudante não ganhava muito não.
Muito em breve iríamos colher as maçãs e as peras; esperávamos ansiosos estes dias, pois para nós seria uma nova experiência.
Nossa filha de três anos ia para a escola quase o dia inteiro, porém o de dois anos ficava comigo em casa. Meu marido também ia para a faculdade e lá permanecia o dia todo. O lugar era tão tranquilo, e eu não me preocupava, pois meu filho brincava com seus carrinhos na garagem. Fiz todo meu trabalho sempre de olho no pequeno. Ao meio dia procurei-o para tomar lanche e depois naturalmente como todos os dias iria dormir.
Para meu espanto, ele não estava na garagem, os carrinhos ali soltos, a bicicletinha...
Sai pelo pomar a procura, e nada!
Andei por tudo, onde será que se meteu este garoto?
Ele não ia até a casa grande, pois tinha medo de Collie, uma linda e meiga cachorra.
Resolvi voltar para a garagem.
Ah lá estava ele!
Onde andou meu filho?
Presto mais atenção e vejo-o com os bolsos cheios, a boca toda suja.
- Veja mamy, e me estendeu as mãos com os pêssegos.
Um frio me bateu no estômago! O que você fez?
Cortei todos os pêssegos, vamos lá o chão esta cheio...
Fui, e atônita vi o chão cheio de pêssegos, alguns até já mordidos.
Levei-o para dentro, quase não lanchou e logo dormiu, mas não antes de me ouvir pedindo que nunca mais fizesse isso. Falei das árvores e das plantas enfim para uma criança de dois anos...
Voltei ao pomar, colhi os pêssegos, os papeis voando e até os pássaros se fartando. Que fazer?
Coloquei-os numa cesta grande, e levei-os para a casa grande. Toquei a campainha, expliquei o acontecido. Só não entendia o riso nos lábios do senhor que me atendia.
- Calma minha senhora, foram apenas pêssegos! Vi daqui da janela quando seu garotinho subia nas árvores.
Sabe, a expressão no rosto dele era de tanta alegria...
Ele não só comia, mas acariciava a fruta, falava com ela como se pedindo permissão para pega-la.
Então pensei, que nós nunca agradecemos a natureza por nos ter dado tão belas frutas, e um menininho o esta fazendo e nos ensinando...
- Leve os pêssegos, senhora, ainda teremos muitos mais.
Voltei pensando no que ouvira.
Olhei no berço e ele dormia o sono dos anjos e suas faces coradas pareciam dois pêssegos instalados a sorrir.
Agradeci a Deus de estarmos ali naquela fartura, e mais ainda pela colheita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário