A RAPOSA E O FAZENDEIRO







          Certo fazendeiro, ao sair de casa pela manhã bem cedo, percebeu que uma raposa havia causado estragos em seu galinheiro. Como não era a primeira vez que isso acontecia, o homem ficou muito aborrecido com o fato, e passou a pensar no que poderia ser feito para colocar um ponto final naquela situação desagradável.

          Pouco mais tarde, ao percorrer sua lavoura de milho já em ponto de colheita, ele concluiu que precisava primeiramente capturar a raposa, para depois, então, poder vingar-se dos prejuízos que ela havia lhe causado. Assim, o fazendeiro montou uma armadilha, armou-a perto do galinheiro, e foi dessa forma que conseguiu prender o animal logo depois do escurecer.

          Satisfeito com o sucesso do seu plano, o fazendeiro tratou de preparar uma bucha, embebeu-a em querosene, amarrou-a na cauda da raposa, colocou fogo nela, e em seguida soltou a pobre criatura, que passou a correr desesperada para todos os lados, tentando livrar-se do fogaréu que lhe queimava o traseiro.

          E depois de correr sem rumo durante algum tempo, em busca de salvação, a raposa acabou se dirigindo a um córrego próximo ao milharal do fazendeiro vingativo, penetrou na plantação como se fosse uma flecha ardente, e os pés de milho, secos como estavam, logo pegaram fogo, ficando completamente destruídos pelas chamas.


Moral da história: Aquele que planta vento, acaba colhendo tempestade.

Baseado em uma fábula de Esopo.

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