A raposa fugia pela floresta em desabalada carreira, tendo em seu encalço alguns caçadores com uma numerosa matilha de cães. Chegando a uma clareira, ela pediu abrigo ao lenhador que lá se encontrava, e este, concordando com o pedido de socorro, aconselhou a fugitiva a entrar e se esconder em sua cabana. Quando os caçadores chegaram com os cachorros e lhe perguntaram se por acaso havia visto a raposa, o homem respondeu que não, mas disfarçadamente a sua mão direita mostrava onde ela havia se abrigado.
Porém, os caçadores não entenderam os seus sinais e foram embora, e a raposa, ao verificar que eles já se encontravam a uma distância segura, saiu da casa e se dirigiu apressada para o lado oposto, sem dizer uma única palavra. Por isso o lenhador a repreendeu:
- Apesar de eu tê-la salvo dos cães, você vai embora sem agradecer o bem que eu lhe fiz?
E a raposa respondeu:
- Eu deveria fazer isso, realmente, caso sua boca e suas mãos tivessem dito a mesma coisa aos caçadores que me perseguiam.
Moral da história: Não negues com os teus atos aquilo que pregas com as tuas palavras.
Baseado em uma fábula de Esopo.
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