Milly e Molly tinha terminado o piquenique quando um grande chapéu de palha castanho apareceu a voar pela praia.
— De quem será? — perguntou Milly.
— Anda, vamos descobrir — sugeriu Molly.
Não foi preciso perguntar aos dois meninos que cavavam buracos na areia. Viam-se as pontas dos seus chapéus.
O chapéu de palha não era deles.
Não foi preciso perguntar ao pescador, que estava sentado numa rocha. Ele tinha o boné bem enfiado na cabeça. O chapéu de palha também não era dele.
Não foi preciso perguntar à senhora que estava a encher o cesto com algas. Ela tinha a mão em cima do seu chapéu pois o vento queria levá-lo. O chapéu de palha também não era dela.
Não foi preciso perguntar às meninas que construíam castelos na areia. Elas tinham os chapéus presos com uma fita debaixo do queixo. O chapéu de palha também não era delas.
Não foi preciso perguntar às pessoas que apanhavam sol e mexiam os pés. Estavam debaixo de um grande chapéu-de-sol e não precisavam de proteger a cabeça. O chapéu de palha também não podia ser delas.
Não foi preciso perguntar ao senhor de bengala. Ele tinha o cabelo revolto a sair debaixo do seu gorro. Não era dele.
Não foi preciso perguntar aos surfistas. Eles tinham creme no nariz e os cabelos ao vento. De certeza que não era deles.
E dos quatro mergulhadores?
Na areia estavam quatro pares de botas mas apenas três chapéus!
Será que o chapéu de palha era de um deles?
Milly e Molly colocaram o grande chapéu de palha por baixo do quarto par de botas e correram para junto do seu cesto de piquenique.
No caminho para casa, passaram por várias pessoas, umas com chapéu, outras sem chapéu.
— Espero que tenhamos encontrado o dono certo — disse Milly.
Gill Pittar
Milly Molly – Tomo II
Rio de Mouro, Everest Editora, 2006
Milly Molly – Tomo II
Rio de Mouro, Everest Editora, 2006
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