Hernandes pereira.
Mãe se a senhora pudé
Venha cá quarqué momento
Qui o macho cum quem casei
Só qué tá cum inchirimento
E penso qui quarqué dia
Nós dismancha o casamento.
Mãe num sei o qui faça
Cum esse marido meu
Dispois qui nós si casemo
Esse cara indoidiceu
Qué queu tome banho mais ele
E só qué drumir mais eu.
Eu sô uma moça sera
Cuma ele já sabia
Qui nem meu pai nunca entrou
No quarto qui eu drumia
Cuma é queu vou drumir
Junto cum macho hoje em dia.
Mãe, meu marido só tando
Cum isprito de lucifé
Aliza meu coipo todo,
Eu num sei o quele qué
Ou ele é muito inchirido
Ou eu num sei ser muié.
Onte ele quis mi pegá
Eu curri chega ia torta
Pinotei logo im meu quarto
E fechei pur dento a porta
Queu posso drumir cum macho
Mas só adispois deu morta.
Mamãe esse meu marido
É um infame cruel
Ele me isfrega, me droba
Cuma se droba um papel
Querendo qui eu dê conta
Duma tá lua de mel.
Mãe ele qué uma coisa
Qui eu caço mais num acho
A lua tá lá incima
E mel num tem cá imbaixo
Cuma é queu posso dá
Lua de mel presse macho?
Mãe, se eu for obrigada
A drumir cum macho agora
Esse caboco inchirido
Vai tê é qui ir imbora
Ou eu fecho esta poiqueira
E vô ponde tá a sinhora.
Ele qué queu dê a ele
A lua de mé sem ter
Qué ver eu tirar a roupa
Qué tirá a roupa preu vê
Eu num tem mé nem tem lua
Qui diacho eu vô fazer?
Mãe mi dizia qué bom
Sê moça pá si casá
Mais nessa lua de mé
Nunca vi você falá
Si soubé onde tem uma
Mi diga queu vô buscá.
Das seis e meia prás sete
Pra drumir ele me chama
Mi abufela e mi cheira
Só dizeno qui mi ama
Num qué qui eu vá pá rede
Nem deixa eu drumir na cama.
Ele só fala num fio
Numa peleja medonha
E eu num sei Cuma é
Qui pede um fio a cegonha
Mas parece qui ele pensa
Queu sô muié senveigonha.
De noite ele simdurece
E cumeça a si tremer
Si revirando na cama
Cuma quem já vai morrer
Cuma quem qué um remédio
Mis tem mdeo de dizer.
Pinotei logo im meu quarto
E fechei pur dento a porta
Queu posso drumir cum macho
Mas só adispois deu morta.
Mamãe esse meu marido
É um infame cruel
Ele me isfrega, me droba
Cuma se droba um papel
Querendo qui eu dê conta
Duma tá lua de mel.
Mãe ele qué uma coisa
Qui eu caço mais num acho
A lua tá lá incima
E mel num tem cá imbaixo
Cuma é queu posso dá
Lua de mel presse macho?
Mãe, se eu for obrigada
A drumir cum macho agora
Esse caboco inchirido
Vai tê é qui ir imbora
Ou eu fecho esta poiqueira
E vô ponde tá a sinhora.
Ele qué queu dê a ele
A lua de mé sem ter
Qué ver eu tirar a roupa
Qué tirá a roupa preu vê
Eu num tem mé nem tem lua
Qui diacho eu vô fazer?
Mãe mi dizia qué bom
Sê moça pá si casá
Mais nessa lua de mé
Nunca vi você falá
Si soubé onde tem uma
Mi diga queu vô buscá.
Das seis e meia prás sete
Pra drumir ele me chama
Mi abufela e mi cheira
Só dizeno qui mi ama
Num qué qui eu vá pá rede
Nem deixa eu drumir na cama.
Ele só fala num fio
Numa peleja medonha
E eu num sei Cuma é
Qui pede um fio a cegonha
Mas parece qui ele pensa
Queu sô muié senveigonha.
De noite ele simdurece
E cumeça a si tremer
Si revirando na cama
Cuma quem já vai morrer
Cuma quem qué um remédio
Mis tem mdeo de dizer.
Mamãe quarqué dia desses
Venha aqui si pudé
Pá dá uns conseio nele
Ou mi insinará sê muié
Si não quarqué dia eu caio
E FAÇO O QUI ELE QUÉ.
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