O Pavão
veio queixar-se à deusa Juno. Queria saber por que razão o rouxinol havia de
cantar melhor que ele.
- Não te
preocupas - disse a deusa. - Tu não sabes cantar, é certo, mas tuas penas são
tão formosas, cheias de olhos que parecem estrelas. Todos os animais invejam a
tua beleza.
Porém ao
pavão não restava consolo.
- Não me
interessa a beleza, mais valera saber cantar - retrucou o pavão.
A que Juno
retrucou irritada:
- Não
podes querer ter de tudo. O rouxinol tem o canto, a águia tem a força e tu tens
a formosura. Segura tua língua tola e contenta-se com tuas dádivas.
Moral:
não discuta com a natureza.
Adaptado
de Fábulas de Esopo. Tradução: Manuel Mendes da Vidigueira. São Paulo: Cultura,
1943.
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