Era um homem muito esforçado, que trabalhou a terra
com entusiasmo cada dia de sua vida. Mas sentia que a morte estava perto e
preocupava-se, pois tinha muitos filhos e todos eram preguiçosos. Nenhum tinha
a sua disposição e amor pelo trabalho.
Já velho, em seu leito de morte, chamou os filhos e
declarou:
– Meus filhos, minha vida está no fim. Antes de
morrer, quero que vocês saibam que eu deixei um grande tesouro enterrado em
nossas terras. Uma fortuna incalculável!
– É mesmo, pai? – admiraram-se os filhos. – E em
que parte de nossas terras está enterrado esse fabuloso tesouro?
– Está... está... – mas o velho morreu, antes que
pudesse dizer mais nada.
Os filhos atiraram-se à terra. Escavaram-na em
todos os cantos mas não conseguiam encontrar sequer um sinal do tesouro.
Como as terras eram extensas, a cada estação
aproveitavam o terreno já revolvido
e plantavam alguma coisa, esperando mais tarde
encontrar o tesouro quando cavassem outros cantos ainda não explorados.
O tempo foi passando. O tesouro não aparecia, mas a
terra, vigorosamente revolvida, devolvia colheitas cada vez mais fartas.
Aos poucos, o resultado da venda das colheitas foi
se tornando um tesouro de verdade, como o que ele tanto haviam procurado e
acabaram encontrando como resultado de seu próprio trabalho!
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