Uma raposa solitária, há muito tempo sem comer e
magra de fome, depois de muito perambular chegou a um parreiral. As parreiras
estavam cobertas de frutos, com muitos cachos de uvas, cheios e maduros,
prontos para comer.
Como
não havia ninguém à vista, a raposa entrou sorrateiramente no parreiral, mas
logo descobriu que as uvas estavam muito altas, pois os galhos das plantas se
enroscavam num alto caramanchão, fora do seu alcance .
Ela
pulou, errou, tornou a pular; mas todos os seus esforços foram inúteis.
Cansada, a raposa começou a sentir dores pelo corpo, em resultado dessas
repetidas tentativas no sentido de matar a fome. Finalmente, frustrada e
zangada, a pobre raposa, depois de um último pulo, exclamou desdenhosa: Ora, eu
não quero mesmo essas uvas! Estão verdes, não prestam e foi embora sacudindo o
rabo.
Autor: Esopo
Moral
Como não cabem quatro mãos em duas luvas,
há quem prefira desdenhar a lamentar. (La Fontaine)
há quem prefira desdenhar a lamentar. (La Fontaine)
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