Quando Tigrinho chegou à escola, foi a maior festa. Todos
queriam conhecê-lo, afinal, uma nova mascote estava ali, para todos verem.
Diferente do que o nome sugere, Tigrinho era um peixe, e como o nome surgiu?
Foi a menina Juliana, que ao ver a caixa do aquário começou a gritar:
- A Lu chegou com o novo bichinho, a caixa é MUITO GRANDE (para uma criança de 4 anos, uma caixa de mais ou menos 60 cm deve ser mesmo enorme...).
E ela mesma conclui:
- Deve ter um Tigre ENORME lá dentro...
Quando montei o aquário e ela viu o peixinho, deu um suspiro “meio triste”, mas não perdeu a posse...:
- Viu, é um peixe enorme... (e mostrava com o dedo polegar e indicador o tamanho do peixe) É um Tigre de tão bravo... O nome dele é Tigrinho.
E saiu da sala como se estivesse com a missão cumprida, afinal, ela deu o nome à mascote.
Tigrinho passou a ser o centro das atenções.
Seu aquário ficava em uma saleta de espera, próximo à enfermaria.
Se alguma criança se machucava, antes de fazer o curativo, relatava o caso ao Tigrinho, que com toda calma que é peculiar de um peixe, acabava “ouvindo”.
Segundo as crianças, a dor passava mais rápido quando contavam para ele...
Na hora do almoço, se alguém não queria comer, era só dizer que iria contar para o Tigrinho e que ele ficaria triste. Rapidamente o prato estava limpo...
E em dia de festa! Era difícil controlar a criançada e dizer para eles que o Tigrinho não come brigadeiro.
Nem bolo...
Nem toma guaraná...
Tudo se transformou em motivo para contar ao Tigrinho.
Sempre havia alguma criança com um recado para dar ao Tigrinho. É lógico que ele nunca perdia a paciência e ouvia a todos...
Até que, passado uns meses, a Juliana que se fez dona do Tigrinho, foi dar comida a ele e deu um grande grito.
Todos correram para saber o que aconteceu. Ela estava parada em frente ao aquário e chorava abraçando o potinho de comida.
O Tigrinho havia morrido.
As crianças mais velhas (de 4 anos) pediram para fazer uma caixinha de dobradura com tampa. Colocaram o Tigrinho lá e fizeram o enterro do peixinho.
Foi a tarde mais triste da escola...
O aquário foi retirado, permanecendo apenas a mesinha onde ele estava.
Quando já estava quase na hora de todos irem embora, chega uma moça com uma doação.
A Juliana, que não saiu do lado da mesa, deu mais um grito e saiu correndo...:
- Gente, gente, o Tigrinho chegou lá no céu e mandou uma nova mascote... Dessa vez ela vai viver MUUUUITO tempo.
E logo em seguida conclui, bem determinada:
- É uma tartaruga e vai se chamar Florentina!
O porquê do nome e o que aconteceu com a Florentina...Bom, isso é uma outra história...
Diferente do que o nome sugere, Tigrinho era um peixe, e como o nome surgiu?
Foi a menina Juliana, que ao ver a caixa do aquário começou a gritar:
- A Lu chegou com o novo bichinho, a caixa é MUITO GRANDE (para uma criança de 4 anos, uma caixa de mais ou menos 60 cm deve ser mesmo enorme...).
E ela mesma conclui:
- Deve ter um Tigre ENORME lá dentro...
Quando montei o aquário e ela viu o peixinho, deu um suspiro “meio triste”, mas não perdeu a posse...:
- Viu, é um peixe enorme... (e mostrava com o dedo polegar e indicador o tamanho do peixe) É um Tigre de tão bravo... O nome dele é Tigrinho.
E saiu da sala como se estivesse com a missão cumprida, afinal, ela deu o nome à mascote.
Tigrinho passou a ser o centro das atenções.
Seu aquário ficava em uma saleta de espera, próximo à enfermaria.
Se alguma criança se machucava, antes de fazer o curativo, relatava o caso ao Tigrinho, que com toda calma que é peculiar de um peixe, acabava “ouvindo”.
Segundo as crianças, a dor passava mais rápido quando contavam para ele...
Na hora do almoço, se alguém não queria comer, era só dizer que iria contar para o Tigrinho e que ele ficaria triste. Rapidamente o prato estava limpo...
E em dia de festa! Era difícil controlar a criançada e dizer para eles que o Tigrinho não come brigadeiro.
Nem bolo...
Nem toma guaraná...
Tudo se transformou em motivo para contar ao Tigrinho.
Sempre havia alguma criança com um recado para dar ao Tigrinho. É lógico que ele nunca perdia a paciência e ouvia a todos...
Até que, passado uns meses, a Juliana que se fez dona do Tigrinho, foi dar comida a ele e deu um grande grito.
Todos correram para saber o que aconteceu. Ela estava parada em frente ao aquário e chorava abraçando o potinho de comida.
O Tigrinho havia morrido.
As crianças mais velhas (de 4 anos) pediram para fazer uma caixinha de dobradura com tampa. Colocaram o Tigrinho lá e fizeram o enterro do peixinho.
Foi a tarde mais triste da escola...
O aquário foi retirado, permanecendo apenas a mesinha onde ele estava.
Quando já estava quase na hora de todos irem embora, chega uma moça com uma doação.
A Juliana, que não saiu do lado da mesa, deu mais um grito e saiu correndo...:
- Gente, gente, o Tigrinho chegou lá no céu e mandou uma nova mascote... Dessa vez ela vai viver MUUUUITO tempo.
E logo em seguida conclui, bem determinada:
- É uma tartaruga e vai se chamar Florentina!
O porquê do nome e o que aconteceu com a Florentina...Bom, isso é uma outra história...
Lucia
Vedovello