O Retorno de Saturnino - Capítulo 05









As crianças e o velho pescador caíram amontoados na areia, por um triz, não caíram na água.
- Estou velho demais para estas aventuras, disse o velho Lobo do Mar.
- Porém, isto me faz voltar a ser criança outra vez, sinto-me vivo.
Depois de conversar com seus netos sobre o estranho visitante, o avô lembrou-lhes da importância de não contar nada a ninguém, pelo menos por enquanto, deveriam pensar em uma forma para contar a seus pais, quando ele voltar.
-Se é que ele iria voltar. Disse o velho Lobo do Mar.
As crianças agitadas e alegres despediram-se do avô e logo voltaram para casa, ansiosos para que o novo amigo voltasse.
 Os dias passavam e nada de Saturnino voltar, as crianças já acreditavam que nunca mais iriam voltar a ver seu amigo das estrelas.
  Como era de costume as crianças todos os dias brincavam na praia, soltando pipa, brincando de pegar, fazer castelinhos na areia, enfim inúmeras eram as brincadeiras que  os três irmãos gostavam.
   O dia estava lindo, o sol brilhava mais do que nunca, o vento hoje estava um pouco forte para a brincadeira que eles haviam escolhido.
Mario chutara a bola para o lado, onde estava sua irmã Aline, porém a bola tomou outro rumo, jogada pela força do vento, Kim correu para pagá-la em meio às dunas, tal foi sua surpresa quando seu aparelho comunicador que Saturnino havia deixado com ele, começou a fazer um estranho barulho.
-Hei! Mário, Aline, venham logo, é Saturnino.
Todos correram ansiosos para saber algo de seu amigo.
Os três sentaram-se para ver o que queria Saturnino.
Depois de alguns contratempos, Saturnino conseguiu se comunicar com as crianças.
-Kim, Mário, Aline, acho que agora sei o significado da palavra saudade da qual vocês me falaram, estou ansioso para encontra-los novamente.
-Quando você volta? Pergunta-lhe Mário, eufórico.
-Estou muito envolvido, aqui temos muitas tarefas afinal existem muitas coisas que preciso aprender sobre o universo.
 -Você vai poder voltar?Pergunta-lhe Aline.
-Sim  eu  já falei com meus pais e eles permitiram que  eu vá até o seu planeta para conhecer com detalhes.Conto com vocês!
-É claro que iremos ajudar, pois geografia é minha matéria predileta.Respondeu Kim.
-Acho que em breve estarei ai.
-Quando você voltar vou ensinar-lhe algumas coisas sobre o meu país, ele é muito grande e tem muitas coisas maravilhosas aqui.
Assim levaram o papo por um bom tempo, mas logo a tarde caia e a mãe dos meninos já o chamava a responsabilidade.
 Os dias passavam e nada de Saturnino aparecer, eis que um belo dia quando os meninos iam para o colégio, estranharam quando viram no caminho da escola sentado, seu velho avô.
-Hei! Vovô o que esta fazendo? Perguntou, Mário.
-Precisava falar com vocês e achei que aqui era o melhor lugar.
-De que se trata? Pergunta Kim.
-Tenho um estranho visitante em minha casa que quer ver vocês.
As crianças falaram em couro.
-Saturnino???
-Sim.Saturnino.O Et seja qual for o nome dele.
As crianças queriam sair correndo para a casa do velho pescador que não permitiu.
-Primeiro a escola, primeiro a escola depois a tarde vão me visitar.
As crianças contrariadas foram para a escola.
À tarde mal almoçaram e correram para a casa de seu avô, que já os aguardava.
 Os quatros se abraçaram num longo e saudoso abraço.Tinham muitas perguntas a fazer.
Se acalmem falou o Velho Lobo do Mar, assim vocês não vão conseguir se entender.
 -Enfim, voltei crianças, e como já falei com vocês eu recebi uma  tarefa de meus pais ,conhecer o planeta terra, pois faz parte de minha educação conhecer todos os planetas do sistema solar.
-Então você já foi a outros planetas além da terra?Pergunta curiosa Aline.
-Sim!Já conheço vários deles e assim como aqui na terra, tenho vários amigos em cada um deles, mas nenhum planeta é tão bonito como a terra.Aqui a vida é brilhante tudo é muito colorido.
-Um dia você me leva pra conhecer as estrelas? Disse Mário.
-Vamos com calma, vamos com calma.Falou o Velho avô, preocupado com o rumo que as coisas estavam tomando.
-Um dia iremos sim.Disse Saturnino.
-Porém agora eu quero que vocês me ensinem um pouco daqui da terra.
Poderemos começar amanhã.Disse Kim.Vamos para a velha casa abandonada eu vou pegar uns livros de geografia.Você nos ajuda vovô?
-Sim.
No outro dia como o combinado, lá estavam todos para falar a Saturnino sobre o Maranhão, o estado em que viviam.E todas as regiões do Brasil, decidiram que primeiro iriam mostrar como era este planeta, depois então contariam sua história.
 Saturnino estava impressionado com tudo o que via.Descobriram que o lugar aonde chegara a primeira vez, se chamava lençóis, lençóis do Maranhão, pois pertencia a este estado e que era muito visitado por todos daqui do planeta por sua infinita beleza.As crianças mostraram um a um cada estado que pertencia à região nordeste do país.
Estavam tão empolgados estudando, que levaram um enorme susto, quando o censor que Saturnino traz na cintura, começou a fazer um forte ruído.Saturnino parou de pé de um salto.
-O que pode ter acontecido com minha espaçonave, é de lá que esta vindo o sinal.
Os cinco mais que depressa se prepararam para a tele portagem, já com menos medo, pois afinal esta era a terceira vez que fariam isto.
Caíram os cinco ao lado da nave, porém Kim, Mário, Aline e o velho Lobo do Mar caíram como sempre desajeitados, enquanto Saturnino já estava em pé ao lado da espaçonave que emitia raios de luz coloridos como se fossem arco-íris.
Saturnino entrou rapidamente na nave e vocês nem imaginam o que aconteceu? Não é que seu mascote havia vindo na nave sem que ele soubesse.
Como será o mascote de Saturnino.Será um cãozinho? Ou então um gatinho?
 É nada mais nada menos do que Tór, um ser que lá em Saturno equivale aos cães da terra, é um companheiro inseparável de Saturnino.Agora estaria complicado, pois esconder Saturnino já não era fácil, seu mascote então...
 Foi só festa as crianças ficaram encantadas com o novo amiguinho, que por sinal era muito inteligente e só faltava falar com elas, pois Saturnino e Tór se comunicavam por pensamento.


Claudeth Harthmann Silveira

Nenhum comentário:

Postar um comentário