A raposa convidou o timbu para visitarem um galinheiro bem provido.
A raposa iria às galinhas e o timbu aos ovos e pintos.
Entraram por um buraco que mal permitia a passagem. Começaram a fartar. A raposa prudente, apenas satisfez o apetite. O timbu, voraz, empanturrou-se, ficando com a barriga inchada.
De súbito ouviram os passos do dono da casa.
A raposa passou como um raio pelo buraco e sumiu-se no mato.
O timbu meteu-se a tentar mas ficou engalhado pelo meio do corpo, ganindo como um desesperado.
O homem chegou, viu o estrago e disparou a espingarda no timbu, que morreu por ser guloso.
Em: Contos tradicionais do Brasil (folclore), Luís da Câmara Cascudo, Rio de Janeiro, Edições de Ouro: 1967
Esse conto foi originalmente coletado pelo autor no Rio Grande do Norte. É possível que leitores de outros pontos do Brasil não estejam familiarizados com o timbu. A grande área geográfica brasileira permite que esse animal receba diferentes nomes, em outras regiões: sariguê, gambá, ticaca, mucura, cassaco, entre outros.
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