Em sua primeira viagem para conhecer nosso planeta, Saturnino desceu em uma região árida e estranha, pois sua nave pousou justo no deserto de areia dos lençóis do Maranhão, olhava para todos os lados decepcionado procurando algum ser deste planeta, só avistava pássaros atravessando o céu de um lado para o outro, ficou pensativo.
-Será que os seres deste planeta voam?
De repente olhou espantado, quando viu passando apressada na areia uma lagartixa.
-Hó! Até que enfim, um terráqueo. Apressado foi atrás da lagartixa, que sem querer papo correu rápido fugindo do estranho visitante.
Saturnino ficou desapontado, e falou.
-Já sei os terráqueos não são nada amistosos.
Saturnino começou a andar em busca de um outro ser que quisesse papo com ele, andou, andou... A tarde estava caindo quando ele resolveu descansar, sentou-se na areia e resolveu tirar uma soneca, pois é, extraterrestre também dorme.
A noite caiu e Saturnino nem viu, dormiu um longo sono, nem viu a noite passar e um novo dia nascer, também ele estava muito cansado afinal atravessou a galáxia para chegar aqui.
Quando de repente acordou assustado, abriu os olhos e viu a sua frente o mar mais agitado do que nunca e muitas gaivotas sobrevoando a praia, ficou admirado pois nunca tinha visto nada igual, lá no seu planeta não tem mar. Admirava o barulho do mar, o cheiro diferente, aproximou-se para toca – lo, achou muito estranho pois a água escorria por entre seus três dedos.
Ah! Esqueci de dizer ele só tem três dedos. Não era possível segurar aquele elemento escorria de sua mão, olhou ao redor de um lado areia até perder de vista imensas dunas, do outro lado a imensidão do oceano, caminhava pela praia analisando este estranho planeta para ele habitado só por pássaros e a estranha lagartixa que vira no dia anterior.
De repente avistou algo diferente, viu que a duna dourada dava lugar a uma nova cor, nada mais era do que verde do campo, da rala relva das regiões da beira mar, assustado ele viu um novo ser desta vez muito maior do que os demais, nada mais era do que um jegue que pastava calmamente, aproveitando a escassa pastagem.
Saturnino andou depressa. -Vou falar com ele. Pensou.
-Hei, você, sou Saturnino, estou feliz por te encontrar.
O Jegue que pastava levantou a cabeça, arisco, prestes a correr e sem nada entender baixou a cabeça novamente.
Saturnino convicto que encontrara um novo amigo insistiu.
Hei, você como se chama?
Aproximando-se tocou na perna do jegue, que sem mais lhe deu um coice.
Coitado de Saturnino caiu sentado.
- Que gente estranha esta, eu só queria conversar.
Saturnino ficou sentado pensativo enquanto se recuperava do susto.
- Que estranhos são os habitantes deste planeta, ou será que há algo errado comigo?
Mas Saturnino não desistiu continuou na sua caminhada em busca de alguém com quem ele pudesse se comunicar.
Claudeth
Harthmann Silveira
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